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15 de Março
Vamos em Frente

“Ainda estou aqui” ajudará na ampliação da Economia Criativa no Brasil?

Por Redação T5 Publicado em
Ainda estou aqui
Filme tem gerado impulso para a Indústria Criativa nacional (Foto: Divulgação/ Redes Sociais)
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Por Vinnei Oliveira*

Acredito que o sentimento de nacionalismo, de “final de Copa do Mundo” tomou conta do Brasil nos últimos dias principalmente com a vitória no Oscar do filme de Walter Salles “Ainda estou aqui”. Infelizmente nossa querida Fernanda Torres não conseguiu o topo, mas não desmerece em nada um feito tão extraordinário que foi conseguido no último domingo (2), em Los Angeles. A feliz coincidência do carnaval junto com a cerimônia inflamou este sentimento de euforia coletiva.

Como estudioso da Economia Criativa há alguns anos, fico muito feliz com toda propulsão que o filme tem trazido para a Indústria Criativa nacional. No Rio de Janeiro, o prefeito César Maia já aproveitou o palanque para dizer que vão comprar a casa onde foi gravado o filme. Os números mais recentes mostram que a casa estava estimada em 14 milhões de reais e passou imediatamente para 25 milhões. Nada mal esse aumento de valorização.

Para os donos do imóvel será excelente em qualquer perspectiva. Será que o cenário nacional de Economia Criativa conseguirá o mesmo feito?

Uma produção como esta não envolve, obviamente, apenas os atores que estão na frente da tela. Existe um número enorme de profissionais nos bastidores. Vale salientar que Fernanda Torres, na última segunda-feira (3), em entrevista coletiva ainda em Los Angeles, ressaltou o vanguardismo que este filme como também “Anora” (que foi o grande vencedor da noite do Oscar) tem em comum: produções independentes.

A Economia Criativa envolve quatro grandes eixos segundo a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento): patrimônio, artes, mídias e criações funcionais. No meu livro “Economia Criativa 4.0 - o mundo não gira ao contrário” eu proponho a visão empreendedora e as conexões entre estes grandes grupos.

Essa enorme teia de profissionais está conectada diretamente a todos nós nas roupas que vestimos, na música que escutamos, nos móveis, nos livros, nos jogos e aplicativos, no carnaval, no museu e tantas outras esferas.

Esperamos que o sucesso de bilheterias que o filme “Ainda estou aqui” está tendo e permanecerá nas salas por todo Brasil continue. O filme já ocupa o terceiro lugar na história do cinema nacional em bilheteria desde o seu lançamento em 7 de novembro.

Meu desejo sincero é que a projeção se estenda a mais investimentos por parte do Governo Federal e nas esferas estaduais e municipais. Esperamos que episódios trágicos como em 2019 quando foi extinto o Ministério da Cultura não aconteçam mais em nosso país. Esperamos que os profissionais da Economia Criativa sejam valorizados e reconhecidos financeiramente também por isso.

Levei meu filho ontem de 11 anos de idade para assistir a “uma aula de História”. Ele me disse pensativo: “Triste, né pai?”. Minha resposta foi: “Muito, meu filho. O pior que tudo aquilo ali que você viu foi apenas um pedacinho do que aconteceu. Muita gente ainda deseja que aconteça novamente”. De verdade, espero que nunca mais tenhamos algo tão horrendo assim em nosso país.

Parabéns a todos que participaram dessa produção incrível.

#VamosEmFrente

*Vinnie Oliveira é o autor da coluna Vamos em Frente



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