Vírus HIV tem maior infecção entre jovens heterossexuais na Paraíba
Homens são maioria entre diagnósticos, com 124 casos em 2021.
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Entre janeiro e outubro de 2021 foram registrados 494 casos de HIV e 166 novos casos de Aids na Paraíba. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a maior prevalência de infectados está entre a população masculina, com 124 casos, enquanto no grupo de mulheres foram 42 diagnósticos. Heterossexuais são maioria entre novos casos identificados.
A campanha Dezembro Vermelho inicia na próxima quarta-feira (1º), com oferta de teste rápido de HIV, Sífilis e Hepatites. O evento acontecerá no Parque Solon de Lucena, em João Pessoa, às 8h.
Faixa etária
A maior concentração dos casos de Aids foi observada em pessoas com idade entre 20 a 59 anos, sendo maior no grupo entre 20 e 29 anos, com 46 casos notificados o que representa 27,7% do total.
Sexualidade
Sobre os dados de exposição hierarquizada de aids em adultos, por categoria, observa-se que nos últimos anos a principal via de transmissão foi a sexual e o predomínio de exposição é a heterossexual, com 35,5%, seguido de homossexual, com 20,5%, bissexual, com 3,6%. Nos casos de HIV em gestante, o ano de 2021, até o mês de outubro, houve um aumento de 0,2% em relação ao ano de 2020.
Quanto à mortalidade, no ano de 2021, foi registrado no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) um total de 133 óbitos por causa básica aids. Os municípios com os maiores números de óbitos são: João Pessoa (49), Santa Rita (10), Sousa (6), Bayeux (5), Pedras de Fogo (5) e Rio Tinto (5).
Tratamento
Sobre o tratamento, a gerente operacional de condições crônicas e IST da SES, Ivoneide Lucena, afirma que é ofertado em toda a Rede SUS, para todas as pessoas que têm a confirmação do diagnóstico. Atualmente, os 223 municípios da Paraíba disponibilizam o teste rápido para a detecção do vírus nos postos de saúde e em 20 minutos é possível receber esse resultado. Em casos positivados, o usuário é encaminhado para os serviços de referência da Paraíba, orientado a fazer exames laboratoriais e acompanhado por um infectologista. O Complexo Hospitalar Clementino Fraga é a referência estadual no tratamento do HIV/aids desde o ano de 1988.
A gerente reforça que é importante a divulgação de estratégias de prevenção combinada que são: a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), que é o uso de medicamentos diante de uma situação de risco; e a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PREP), que consiste no uso diário de medicamento antirretroviral para evitar a infecção pelo vírus. O uso de preservativos masculino e feminino continua sendo o principal meio de proteção.
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