Varíola dos macacos: Anvisa emite orientações para serviços de saúde
Para controle de infecções, é recomendado distância mínima de um metro dos pacientes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota técnica orientando hospitais, clínicas e demais serviços de saúde sobre os procedimentos que devem ser feitos nos casos envolvendo varíola dos macacos no país. A doença, endêmica em países africanos, começou a ser registrada em outras nações em abril e agora, menos de um mês depois, já contabiliza mais de mil ocorrências no mundo.
Para o controle de infecções, a agência recomenda que seja mantida uma distância mínima de um metro entre os leitos dos pacientes e a acomodação de casos confirmados deve ser feita, preferencialmente, em quarto privativo e bem ventilado. A sugestão leva em consideração o risco de transmissão por gotículas a partir da pessoa contaminada.
Outra indicação é a suspensão de visitas e acompanhantes para diminuir o acesso de pessoas ao infectado. Para situações específicas e previstas em Lei, como crianças, idosos, pessoas com necessidade especiais, entre outros, deve-se evitar a troca de acompanhantes de forma a se minimizar o risco de transmissão. Pacientes que desenvolvam erupção cutânea, por outro lado, devem ser isolados ou auto isolados.
Em relação à vacina, a Anvisa informou que ainda não recebeu solicitação de autorização para vacina ou medicamentos contra a doença, mas que para eventual necessidade de importação de produtos, a agência tem regulamentação. Dessa forma, é possível autorizar a importação em caráter excepcional.
No Brasil, o primeiro caso de varíolas dos macacos foi confirmado em São Paulo. Trata-se de um homem de 41 anos, morador da capital paulista, que viajou a Portugal e Espanha recentemente e está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na zona oeste da cidade. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o estado clínico do paciente é "bom".
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