UFPB retoma trabalho presencial; sindicato repudia 'equívocos'
Regras estão válidas para servidores e professores com cargos de gestão.
Desde a última sexta-feira (15), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) determinou a retomada de trabalho presencial para os servidores da instituição. A portaria com as regras assinada pelo reitor Valdiney Gouveia foi criticada pelo sindicato dos professores de ensino superior, que deve realizar uma reunião nesta segunda-feira (18).
Pelas regras, apenas algumas situações permitem que servidores poderão ter jornada de trabalho integralmente de forma remota. A jornada de trabalho diária dos servidores deverá ser cumprida de forma, preferencialmente, 50% presencial e 50% remota nas unidades administrativas em que a chefia imediata constatar não ser possível o distanciamento social mínimo com o quantitativo total de servidores, conforme protocolos de biossegurança. A critério da chefia imediata, será permitido ao servidor trabalhar em dias alternados com jornada integral, complementando a carga horária semanal com atividades remotas nos demais dias.
Para os professores a obrigatoriedade do trabalho presencial é válida para os que possuem cargos de gestão, como coordenadores e diretores. Os docentes em atividades remotas de ensino podem permanecer em home office.
A Pró-Reitora de Gestão de Pessoas, Rita de Cássia Pereira, ressaltou que a portaria prevê a possibilidade de retorno das pessoas que, embora se enquadrem no rol das situações de possível trabalho remoto, possam optar por trabalhar presencialmente, por meio de autodeclaração. “Essa opção tem por base a ideia de que grande parte desses servidores já estão imunizados. Os trabalhadores da educação foi um dos grupos prioritários na vacinação e podem querer optar pelo retorno”, observou a professora.
Críticas
Na avaliação do sindicato dos professores, o documento possui "uma série de equívocos que podem colocar em risco o retorno seguro dos trabalhadores". O presidente da ADUFPB, professor Fernando Cunha, questiona o motivo da instituição não cobrar a obrigatoriedade da imunização. “Primeiramente, a portaria não trata de uma coisa fundamental para a retomada das atividades de forma segura: a obrigatoriedade da vacina”, explicou.
Outro problema da portaria, segundo o presidente da ADUFPB, é que o fato do retorno deve ser um processo gradual, que se organiza a partir das condições de biossegurança. “Nesta segunda, a Diretoria Executiva da ADUFPB vai se reunir para discutir essa portaria e tirar encaminhamentos”, informou.
Já o sindicato dos servidores, também deve realizar reunião, nesta segunda-feira, para instrução normativa de retorno ao trabalho presencial.
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