Trabalhadores da educação não se sentem seguros para retorno presencial, diz sindicato
As declarações repercutem reportagem veiculada com exclusividade pelo Portal T5 que mostra que apenas 2% dos profissionais da Educação têm imunização completa contra Covid na capital.
Daniel de Assis, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de João Pessoa, respondeu aos comentários do secretário de Saúde da capital, Fábio Rocha, sobre o retorno às aulas presenciais.
O secretário criticou, em entrevista à TV Tambaú, os profissionais que atuam no setor educacional que não quiseram tomar a vacina contra a Covid-19.As declarações repercutem reportagem veiculada com exclusividade pelo Portal T5 que mostra que apenas 2% dos profissionais da Educação têm imunização completa contra Covid em João Pessoa.
"Num país onde se oferece a vacina e alguns recusam, as pessoas estão ainda no mundo da lua, e de maneira errada, de cabeça pra baixo. O mundo todo quer vacina. É um instrumento de segurança de combate ao coronavírus. Se negar a tomar a vacina é um ato de estupidez e egoísmo. Do ponto de vista trabalhista, de um modo geral, falando como leigo, eles não se vacinaram por que não quiseram. Essa convicção de que a vacina não funciona é um ato terrível de falta de conhecimento. Não tem ideologia, nem religião. Quem ama a vida e quem ama ao próximo, tem que se vacinar", analisou Fábio Rocha.
Daniel de Assis, representante da categoria, disse que apenas 8% dos professores da capital receberam as duas doses do imunizante contra a Covid-19, conforme levantamento interno feito pelo sindicato. "Na realidade, os trabalhadores só sentem seguros para o retorno às atividades presenciais após a vacinação com a segunda dose e respeitando um espaço de no mínimo 15 dias para que a resposta imunológica apareça", disse.
A categoria também quer saber como está a estrutura das escolas. "O reforço da segunda dose é quem vai dar a estabilidade a esses trabalhadores de estarem na escola e poderem trabalhar. Não é só a questão da vacinação em segunda dose. Nós temos que ter as escolas preparadas para o retorno, em suas estruturas físicas, nos equipamentos necessários para que os protocolos de seguranças sejam administrados de forma eficiente, por que a vida é muito importante. Resta salientar que os trabalhadores em educação, estão trabalhando e trabalhando mais, por que estão de forma remota, tendo que se reinventar, muitas vezes usando seu próprio equipamento", ponderou.
Ele revelou ainda que questionário será enviado para as escolas a fim de entender como está o processo de adequação dos ambientes físicos e materiais para o retorno das atividades presenciais.