Tecnologia desenvolvida na PB pode reduzir risco de acidentes aéreos
Produto é resultado da pesquisa de mestrado de Tagleorge Silveira, da UFCG, e a patente já foi emitida pelo INPI
Um invento desenvolvido na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) será capaz de aumentar a segurança do transporte aéreo em todo o planeta, reduzindo consideravelmente o risco de colisão de aviões e helicópteros com linhas de transmissão de energia, como foi o caso da tragédia que ocorreu com a cantora sertaneja Marília Mendonça.
O produto, resultado da dissertação de mestrado do pesquisador Tagleorge Silveira, consiste numa esfera de sinalização de linha de transmissão, iluminada por meio de um circuito de colheita de energia acoplado ao próprio equipamento.
Esferas de sinalização são equipamentos de coloração alaranjada instalados nos fios das torres de transmissão a fim de melhorar a visibilidade para os pilotos de aviões ou helicópteros, servindo como sinalização diurna para voos visuais.
O novo dispositivo converte o campo magnético das linhas em fonte de energia para alimentar os LEDs que iluminam as próprias esferas, permitindo que o equipamento possa ser aplicado tanto para sinalização diurna quanto noturna e em condições adversas do tempo, como chuva, fumaça, neblina ou cerração.
"É uma solução que pode prevenir acidentes e salvar várias vidas", resume o pesquisador, que recebeu a carta patente emitida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em outubro.
Um estudo publicado em 2020 nos EUA revelou que cerca de 5% dos acidentes aéreos envolvem colisões com linhas de transmissão de energia, sendo que a maioria envolve helicópteros.
A dissertação, produzida no Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica da UFCG, foi orientada pelos professores Glauco Fontgalland e Benedito Antonio Luciano e defendida em 2018.