TCU investiga superfaturamento na compra de Viagra pelas Forças Armadas
O processo apura "desvio de finalidade em compras de 35.320 comprimidos".
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga a compra de 35 mil unidades de Viagra pelas Forças Armadas. O medicamento costuma ser usado para tratar disfunção erétil. A licitação está no Portal da Transparência e do Painel de Preços do Governo Federal.
Segundo o processo aberto pelo TCU, o procedimento apura "desvio de finalidade em compras de 35.320 comprimidos de citrato de sildenafila, popularmente conhecido como Viagra, e a comprovação de superfaturamento de 143%". O processo foi aberto nesta terça-feira (12) e o relator é o ministro Weder de Oliveira.
De acordo com os dados, foram realizados oito pregões, que é uma modalidade de licitação, por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Os processos de compra foram aprovados desde 2020 e ainda estão válidos neste ano.
Na compra, o produto foi identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra). Do total, 28.320 comprimidos são destinados para a Marinha. Outros cinco 5 mil para Exército e 2 mil para Aeronáutica.
O Ministério da Defesa informou em nota que o medicamento é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para tratamento de hipertensão pulmonar arterial (HAP), além de informar que os processos de compras das Forças Armadas são transparentes e obedecem aos princípios constitucionais.
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