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'Sem arrependimentos': Polícia detalha perfil do acusado de matar Júlia

Durante cinco dias, o padrasto acompanhou de perto as buscas de familiares e as investigações da polícia.

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
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(Foto: TV Tambaú/Reprodução)

Frio e sem arrependimento. Foram esses os aspectos atribuídos a Francisco Lopes de Albuquerque, 34 anos, pelo delegado Hector Azevêdo, responsável pelas investigações do assassinato de Júlia dos Anjos, 12 anos. O padrasto da adolescente foi preso, em flagrante, depois de confessar o crime e apontar o local onde escondeu o corpo.

O mecânico de elevadores conheceu Josélia Araújo, mãe de Júlia, há três anos. Mas o relacionamento amoroso foi iniciado há 10 meses. "Ele não possui histórico de agressão, nem outro tipo de violência. É um homem frio!", apontou o delegado.

Júlia foi morta por asfixia dentro de caso.

Júlia desapareceu do apartamento onde morava com a mãe e o padrasto no dia 7 de abril. Nos primeiros depoimentos, a mãe disse que a filha havia recebido mensagens de uma mulher, que alegou ter gostado do perfil dela em uma rede social. Ela acreditava que essa poderia ser a razão do desaparecimento da filha.

Durante cinco dias, Francisco Lopes acompanhou as buscas de familiares e as investigações da polícia.

A confissão

No terceiro depoimento na Central de Polícia Civil, ele revelou que matou a menina por asfixia, durante a madrugada. Conforme o preso, a mãe dormia no momento em que ele estrangulou a adolescente.

Francisco Lopes confessou que a gravidez de Josélia foi a motivação do assassinato. Segundo o delegado, o padrasto contou que a adolescente sentia ciúmes. "Ele alegou que assassinou a criança com receio de que ela fizesse algum mal, por ciúmes, por causa da gravidez da mãe dela".

O padrasto não assumiu estupro ou crime sexual. A Polícia Civil informou ainda que não descobriu indícios desses crimes, mas não descarta a possibilidade.

Durante a entrevista coletiva cedida nesta quarta-feira (13), o investigador disse que o suspeito só decidiu confessar o crime após perceber a desconfiança da polícia e dos parentes. "Depois que ele foi apontado como suspeito, parentes informaram que percebiam olhares lascivos. Que ele foi visto olhando a menina no banheiro, com conotação sexual", comentou o delegado.

O homem teve a prisão em flagrante convertida para preventiva nesta quarta (13). Ele será encaminhado para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecido como Presídio do Róger.

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