Repórter do SBT é intimidada durante link ao vivo em terminal no Rio
Ela estava no local para mostrar a greve dos funcionários do BRT, no terminal Alvorada
Durante um link ao vivo para a programação local do Rio de Janeiro, a repórter Branca Andrade, do SBT, foi intimidada por dois homens não identificados. Ela estava no local para mostrar a greve dos funcionários do BRT, no terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, nesta sexta-feira (25).
Branca estava acompanhada com o repórter cinematográfico Edson Santos. Durante a reportagem, dois homens sem uniforme disseram que eram seguranças do local e impediram a repórter de trabalhar no terminal de ônibus. As imagens mostram eles bloqueando por diversas vezes a visão da repórter e se colocando na frente da câmera.
A repórter informou que eles desligaram um dos cabos, a impedindo de ouvir a apresentadora. Mesmo intimidada pelos dois homens, Branca continuou ao vivo explicando que estava a caminho da passarela para informar sobre o serviço à população. Ela disse para os dois homens que eles estavam cerceando sua liberdade de expressão.
"Olha só, o senhor está no ar e ao vivo. O senhor me dê licença, está atrapalhando o meu trabalho", disse.
GRAVÍSSIMO:
— SBT Rio (@sbtrio) February 25, 2022
A nossa repórter, Branca Andrade, teve o trabalho interrompido ao vivo por homens sem identificação no terminal Alvorada, na Barra da Tijuca.#sbtrio pic.twitter.com/ZJQaJkVLZj
Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudiou as intimidações sofridas pela equipe do SBT. Leia o comunicado na íntegra:
"A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudia as intimidações sofridas pela equipe do SBT, nesta sexta-feira (25), durante cobertura de greve dos funcionários do sistema de transporte coletivo BRT, no
Rio de Janeiro (RJ).
A repórter Branca Andrade fazia uma transmissão ao vivo do terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, quando dois homens sem identificação se aproximaram e impediram a continuidade da reportagem. Além de atrapalharem a gravação das imagens do local, eles não permitiram que a jornalista informasse a população
sobre o funcionamento do BRT.
A ABERT reitera que todo e qualquer ato que tenha como objetivo impedir a cobertura jornalística de fatos de interesse público é uma violação ao direito da imprensa de informar e ao do cidadão de ser informado, garantias previstas na Constituição Brasileira.
A ABERT pede às autoridades locais uma rigorosa apuração do caso, com amidentificação e punição dos responsáveis.
A ABERT é uma organização fundada em 1962, que representa mais de três mil emissoras privadas de rádio e televisão no país, e tem por missão a defesa da liberdade de expressão em todas as suas formas".
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