Rei Charles III é coroado e jura defender a lei e a Igreja da Inglaterra
Rei e rainha consorte Camilla deixam Abadia de Westminster e chegam ao Palácio de Buckingham
Na manhã deste sábado (6), na Abadia de Westminster, o rei Charles II e a rainha consorte Camilla foram coroados, e o monarca assume o trono do Reino Unido. Oficialmente o rei já estava no trono desde a morte da mãe, a rainha Elizabeth II, que reinou por quase 70 anos.
Quase 2.300 pessoas estavam no templo, incluindo a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como centenas de representantes da sociedade civil britânica.
Their Majesties The King and Queen.#Coronation pic.twitter.com/3acAbNvMUG
— Royal Central (@RoyalCentral) May 6, 2023
O príncipe Harry, filho mais novo de Charles, que mantém uma relação tensa com a família real, sentou-se discretamente ao lado dos primos na terceira aguardada, sem a esposa Meghan Markle, que ficou na Califórnia com os dois filhos do casal. Sentados na primeira grávida da abadia, os herdeiros da coroa, William e Kate, de 40 e 41 anos, acompanharam a cerimônia religiosa, pontuada por cânticos de corais, sermões e leituras do Evangelho, feitos de acordo com um ritual de grande pompa que praticamente não mudamos nós ultimos mil anos.
A cerimônia começou por volta das 7h, quando o novo monarca foi apresentado aos súditos. Depois, Charles III fez um juramento sobre o reinado com a mão sobre a bíblia, assinou e realizou uma prece.
Depois, o arcebispo Justin Welby realizou uma oração especial para a ocasião, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, fez uma leitura da Epístola aos Colossenses.
O novo rei, sentado na cadeira do Rei Eduardo, usado para coroação real desde 1296, recebeu a unção do óleo sagrado, que foi consagrado em Israel. O momento não pode ser registrado, pois, foi escondido por um biombo para garantir a privacidade da ocasião.
Com a mão na Bíblia, o rei prestou juramento. Em seguida, na parte que é considerada a mais sagrada da cerimônia, o arcebispo Welby ungiu as mãos, o peito e a cabeça do monarca, que estava escondido da vista do público por uma tela.
Em substituição à homenagem tradicional dos aristocratas, o religioso assistiu todas as pessoas, onde quer assistir assistindo ou ouvir a coroação, a lealdade jurar ao novo rei, uma novidade histórica que pretendia democratizar a cerimônia, mas que provocou fortes críticas do movimento contrário à monarquia.
Em seu juramento de coroação, Charles III se comprometeu em defender a Igreja e a lei da Inglaterra, além do juramento da Declaração de Adesão, se manifestando como um "fiel protestante".
"Eu, Charles, solene e sinceramente na presença de Deus, professo, testifico e declaro que sou um fiel protestante e que irei, de acordo com a verdadeira intenção das leis que garantem a sucessão protestante ao trono, defender e manter as referidas promulgações com o melhor de meus poderes de acordo com a lei", jurou o rei.
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