Regina Negreiros aborda significado e história do Maracatu
Regina enfatizou que o Maracatu é uma expressão de resistência da população negra e afrodescendente no Brasil
No programa Tambaú Debate, da TV Tambaú - SBT, desta sexta-feira (27), a filósofa, cientista da religião e escritora Regina Negreiros foi a convidada especial. Durante a entrevista, concedida a Josival Pereira, Regina compartilhou insights sobre o Maracatu, um elemento cultural profundamente enraizado na história brasileira.
O Maracatu, com suas raízes na diáspora africana, é muito mais do que um ritmo ou dança. Regina enfatizou que o Maracatu é uma expressão de resistência da população negra e afrodescendente no Brasil. Embora muitos associem o Maracatu principalmente a Pernambuco, Regina destacou que essa tradição se espalha por diversos estados, incluindo a Paraíba.
A filósofa descreveu o Maracatu como um movimento cultural, social e político. Ele evoca as tradições africanas e celebra a espiritualidade e a ancestralidade, enquanto também serve como um meio de resistência à opressão. Regina ressaltou que os tambores têm um papel essencial na prática do Maracatu, evocando a espiritualidade e mantendo viva a herança cultural.
Regina também explicou como, na Paraíba, o Maracatu teve altos e baixos ao longo de sua história. Embora tenha existido no início do século XX, a força policial acabou com os Maracatus na época. No entanto, nas décadas de 1990, o movimento "Mang" ressuscitou essa tradição cultural, dando origem a diversas bandas musicais que incorporaram o som e a energia do Maracatu em suas criações.
O Maracatu, portanto, é muito mais do que uma expressão artística; é um lembrete das raízes africanas da cultura brasileira e uma celebração da resistência negra no país. A presença de Regina Negreiros no programa Tambaú Debate proporcionou aos espectadores uma compreensão mais profunda e significativa desse patrimônio cultural enraizado na história do Brasil.
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