Presos suspeitos de matar jovem dentro de escola em João Pessoa
Em depoimento, os acusados mencionaram a possibilidade do jovem João Vitor ter sido morto por engano
A Polícia prendeu no final da manhã desta quarta-feira (6) no Colinas do Sul, bairro Gramame, Zona Sul de João Pessoa, dois homens suspeitos de matar o estudante João Victor. A morte do jovem de 18 anos aconteceu dentro de uma das salas de aula da Escola Estadual Cineasta Linduarte Noronha, na noite de 2 de junho de 2022.
As prisões foram realizadas pelos agentes da Delegacia de Homicídios da capital. De acordo com a delegada Luiza Correia, dois mandados de prisão preventiva contra os suspeitos foram cumpridos. Esses mandatos são relativos um homicídio e uma tentativa de homicídio praticados na região. Os mandados foram expedidos pela Segunda Vara do Tribunal do Júri da capital.
A Polícia Civil agora quer saber se o material genético encontrado em uma máscara e um chinelo, deixados na cena do crime, bate com o DNA dos suspeitos. Eles foram ouvidos e depois encaminhados para o Instituto de Polícia Científica (IPC). Segundo a delegada, eles são lideranças criminosas na área e custeados pelo tráfico de drogas e de armas.
Em depoimento eles negaram o crime, mas chegaram a mencionar, segundo a delegada, que o alvo do homicídio seria outro jovem com o mesmo nome e que também jogava futebol. Esse alvo, segundo os suspeitos, pertence à mesta facção criminosa.
Em entrevista à TV Tambaú, um tio de João Vitor afirmou que ele não queria ir para a escola no dia do crime. "Ele não queria ir para a escola", disse Antônio. "Ele não falava nada pra gente. Nunca comentou que foi ameaçado", completou.
Segundo José, pai da vítima, o filho tinha assinado um contrato com o Clube Santa Fé há 15 dias. "Ele só não estreou semana passada porque tava chovendo muito em Recife. Ia se apresentar. A gente não sabe o que pode ter acontecido, se o crime tem haver com alguma namorada ou inveja", disse ele.
Câmeras de segurança instaladas na região do crime podem auxiliar a polícia na identificação do atirador. A Polícia Civil investiga as possíveis motivações do crime.