Paraibano é único suspeito vivo do caso Belford Roxo, diz polícia
De acordo com o inquérito, quatro estariam diretamente ligados com o crime que levou três crianças à morte
Após quase um ano de investigações, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apresentou novas peças no inquérito que apura o desaparecimento de três crianças em Belford Roxo. A polícia acredita que os meninos foram torturados e mortos e os assassinatos foram dados como elucidados na última quinta-feira (9). Quatro nomes foram apresentados e apenas um deles está vivo, de acordo com a polícia. Trata-se do paraibano Edgard Alves de Andrade, o Doca.
Segundo reportagem do UOL, associação para o tráfico, homicídio e tortura estão entre os crimes dos quais os quatro suspeitos foram acusados. Além de Doca, estariam envolvidos, Ana Paula da Rosa Costa, a Tia Paula, José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha e Wiler Castro da Silva, o Estala. A motivação do crime apontada pela investigação seria uma represália após os garotos furtarem o passarinho do tio de um traficante.
As investigações apontam que os suspeitos, exceto Doca, foram assassinados a mando da cúpula da facção criminosa CV (Comando Vermelho) após a repercussão do desaparecimento de Fernando Henrique Soares, de 11 anos, Lucas Matheus, de 8 anos, e Alexandre da Silva, de 10 anos. Os meninos foram vistos pela última vez no dia 27 de dezembro de 2020.
Segundo a polícia, aos 51 anos e natural da Paraíba, Doca é apontado como o principal chefe do tráfico do Castelar. Atualmente, sua ficha criminal tem 99 páginas, com anotações que vão de roubo a homicídio, passando por tortura e tráfico. No total, há 15 mandados de prisão expedidos contra ele, incluindo processos por homicídios, tortura e tráfico. A polícia acredita que veio dele a ordem para executar os meninos e por isso ele teria sido poupado pelo "tribunal do crime".