Paraíba teve 3 mortes por chikungunya e uma por dengue em agosto
A Paraíba registrou 42 óbitos suspeito de arboviroses neste ano
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta quarta-feira (31), o Boletim Epidemiológico nº 09 das arboviroses. De janeiro até agosto deste ano, foram registrados 45.001 casos prováveis de dengue, chikungunya e zika na Paraíba. Quando comparado ao boletim anterior, percebe-se um aumento de 3.403 casos novos no mês de agosto. O documento também aponta uma discreta queda de 73 casos prováveis de zika.
Do total de 45.001 casos prováveis de arboviroses, 26.267 foram registrados para dengue, o que equivale a 58% das notificações, 17.754 foram referentes à chikungunya (40%) e 980 para zika (2%). Quanto à incidência na Paraíba, 156 municípios apresentam acima de 300, o que indica risco de epidemia e surto para certos locais. As Regiões de Saúde com maior incidência de casos prováveis são a 2ª, 4ª e 13ª. Dentre os 223 municípios, sete não têm registro de casos prováveis, sendo eles: Capim, Coxixola, Desterro, Nazarezinho, Poço Dantas, Santa Inês e Vieirópolis.
A Paraíba registrou 42 óbitos suspeito de arboviroses neste ano. Destes, 12 estão em investigação, distribuídos em oito municípios: Campina Grande (02), Guarabira (01), João Pessoa (01), Manaíra (01), Nova Olinda (01), Picuí (01), Santa Rita (01), São José da lagoa tapada (01), Serra Branca (01) e Sousa (01). Dos confirmados, 05 foram para dengue, que ocorreram nos municípios de Bananeiras, Patos, Santa Rita, Santa Luzia e Serra Branca, e 11 para chikungunya, nos municípios de Araçagi, Campina Grande (04), João Pessoa, Pombal, Queimadas, Santa Luzia, Serra da Raiz e Vista Serrana.
De acordo com a técnica em arboviroses da SES, Carla Jaciara, foram identificados 235 casos confirmados de dengue com sorotipo 2 (DENV-2), distribuídos em 49 municípios, e 60 casos confirmados com DENV-1, distribuídos em 17 municípios. Ela alerta a população para que procure um serviço de saúde quando apresentar qualquer sintoma suspeito de arbovirose, para que seja realizada o RTPCR (exame que aponta qual sorotipo está circulando na Paraíba) e para que o tratamento seja feito de forma efetiva.
Carla Jaciara lembrou ainda que os focos do mosquito Aedes Aegypti, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Daí a importância de as famílias não esquecerem que o dever de casa no combate ao mosquito é permanente.
“É importante que a população sempre tenha cuidado e atenção de forma diária em suas residências. Lembrando que as ações são realizadas na forma de prevenção, ou seja, nós não temos vacina. Então a prevenção é o ponto que a gente sempre fala junto aos municípios para que fiquem atentos à limpeza de forma diária em suas residências e eliminação dos focos que o mosquito venha a se proliferar.
A SES segue implementando ações junto aos municípios e às Gerências Regionais de Saúde, com monitoramento e assessoramento, realizando visitas técnicas e reuniões presenciais ou por webconferência. A sala de situação continua ativa e divulgando diariamente informações sobre as arborviroses. O Boletim Epidemiológico nº 09 está disponível no link: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/be-arbo-09_2022.pdf .