Paraíba tem aumento nos casos de chikungunya, dengue e zika
Foram confirmados 12 mortes, sendo 8 para chikungunya e 4 por dengue
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta segunda-feira (1º), o boletim epidemiológico nº 08, no qual consta o registro de 41.598 casos prováveis de arboviroses (chikungunya, dengue e zika), desde janeiro até julho deste ano. Quando comparado ao boletim anterior, percebe-se um aumento de 8.940 casos novos no mês de julho. Somente da dengue foram mais de 5.000 casos.
Do total de 41.598 casos prováveis, 24.674 são de dengue; 15.871 referentes à chikungunya e, para a doença aguda pelo vírus zika, foram notificados 1.053 casos prováveis. Além da dengue, os casos prováveis de chikungunya também apresentaram aumento de 3.580 casos. Os casos prováveis de zika tiveram um acréscimo mais discreto, com mais 346 casos.
Quanto aos óbitos, foram confirmados 12, sendo 08 para chikungunya nos municípios de Araçagi, Campina Grande, João Pessoa, Pombal, Queimadas, Santa Luzia, Serra da Raiz e Vista Serrana e 04 por dengue, nos municípios de Patos, Santa Rita, Santa Luzia e Serra Branca.
De acordo com Carla Jaciara, da área técnica em arboviroses da SES, observa-se que 149 municípios têm casos suspeitos/confirmados de arboviroses, com incidência alta, indicando maior circulação do mosquito e, consequentemente, trazendo riscos de adoecimento para população.
Foram identificados 228 casos confirmados de dengue com sorotipo 2 (DENV-2), distribuídos em 49 municípios e 60 casos confirmados com sorotipo 1 (DENV-1), em 17 municípios.
“Diante disso, é de extrema importância que a população procure um serviço de saúde quando apresentar qualquer sintoma suspeito de arbovirose, para que seja realizada coleta de amostra de sangue em tempo oportuno, e que este caso suspeito seja notificado”, alertou.
Carla lembrou ainda que os focos do mosquito Aedes Aegypti, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Daí a importância de as famílias não esquecerem que o dever de casa no combate ao mosquito é permanente.
“Pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, e, em especial, lavar bem a caixa d'água e depois vedar. Não deixar água acumulada em pneus, calhas e vasos; adicionar cloro à água da piscina; deixar garrafas cobertas ou de cabeça para baixo são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir o registro de mais casos de arboviroses, além de receber em domicílio o técnico de saúde, devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância”, observou.
Entre as ações propostas pela SES de combate às arboviroses, estão a distribuição de larvicidas e inseticidas às Gerências Regionais de Saúde e seus respectivos municípios; realização do LIRAa/LIA, método de amostragem com o objetivo principal de obter indicadores entomológicos, de maneira rápida, com vistas a fortalecer o combate vetorial, direcionando as ações de forma otimizada para as áreas identificadas de maior risco. Funciona como uma carta de navegação. Sem essa informação atualizada, a efetividade das medidas de controle será prejudicada, pois haverá dificuldades em identificar as áreas com os maiores índices de infestação pelo Aedes Aegypti. O 2º LIRAa/LIA-2022 foi realizado pelos municípios paraibanos no período de 04 a 13 de julho do corrente ano.