Número de infartos entre pessoas mais jovens cresce no Brasil
Nos últimos 15 anos, cresceu 10% a média mensal de internações por infarto de pessoas com até 30 anos
Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Cardiologia aponta que os ataques cardíacos entre os mais jovens dispararam. Para Ricardo Pavanello, coordenador do núcleo de pesquisa e inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a competitividade do mercado de trabalho influencia neste aumento.
Nos últimos 15 anos, cresceu 10% a média mensal de internações por infarto de pessoas com até 30 anos. Uma realidade que não é exclusiva do Brasil, Bronny James, filho do astro do basquete Lebron James, teve um ataque cardíaco enquanto treinava nos Estados Unidos. Ele é atleta e tem apenas dezoito anos.
O personal trainer Bruno Aguirra, sofreu um infarto há apenas quatro meses, foi parar na UTI e precisou colocar um stent no coração. Uma veia estava com quase 90% de entupimento. O susto foi no dia 30 de março deste ano, data que ele tatuou nas pernas. "Foi o dia que nasci de novo, eu vim de uma rotina muito exaustiva de estresse principalmente".
Ele ainda tenta entender o que aconteceu, "Eu sou ex-atleta, já fiz uso de hormônios, tem essa questão também que peguei covid. Faz três anos que eu não tiro férias, uma cobrança excessiva em mim mesmo sobre o sucesso profissional", diz Bruno.
De acordo com os especialistas, o aumento de ataques cardíacos entre os jovens têm vários fatores: vai da genética ao sedentarismo, passando também pelo consumo exagerado de alimentos ultraprocessados.
"O fator alimentar pesa muito, além da carga de calorias que são ingeridas, existe também o problema do sal, no Brasil nós consumimos três a quatro vezes mais sódio do que habitualmente deveríamos consumir", afirma o cardiologista Ricardo Pavanello.
Imagem de Drazen Zigic no Freepik
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