Núcleo de Justiça Animal da UFPB alerta sobre abate de jumentos
Nesta terça-feira (21), a Frente Nacional de Defesa dos Jumentos realiza uma manifestação em Brasília
O Núcleo de Justiça Animal (NEJA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) anunciou seu apoio a uma causa que ganha força, e nesta terça-feira (21), a Frente Nacional de Defesa dos Jumentos realiza uma manifestação em Brasília contra o abate desses animais. A mobilização, marcada para as 9h, incluirá uma caminhada em direção ao planalto.
A Frente Nacional argumenta que o abate de jumentos, concentrado em três abatedouros na Bahia, coloca em risco a existência desses animais, sendo impulsionado pela demanda comercial do ejiao, um produto extraído do colágeno da pele do jumento e utilizado como medicamento na China. Segundo Yuri Fernandes Lima, coordenador jurídico da Frente, é uma prática cruel que já resultou na morte de cerca de 600 mil animais. Ele destaca que essa atividade extrativista está levando os jumentos à extinção, e clama pelo fim da autorização para o abate.
O advogado ressalta que não há uma cadeia produtiva organizada para o abate dos animais, sendo uma prática extrativista que, muitas vezes, envolve até furtos. Os jumentos são levados para fazendas de espera e, posteriormente, para abatedouros, com suas peles exportadas para a China.
Em 2021, o Ministério da Agricultura revelou que, em média, 6 mil jumentos eram abatidos por mês no Brasil, principalmente para a produção de ejiao, amplamente utilizado na medicina tradicional chinesa.
Segundo a Frente, a manifestação visa não apenas chamar a atenção para essa prática, considerada prejudicial à fauna brasileira, mas também pressionar as autoridades a interromperem o abate de jumentos em prol da preservação desses animais no país.