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Entrevista - Jovem Pan

Nazismo em podcast: OAB-PB aprova investigações sobre declarações de Kim e Monark

Procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu abertura de inquérito.

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Deputado federal Kim Kataguiri durante votação de propostas na Câmara.
Deputado federal Kim Kataguiri durante votação de propostas na Câmara. (Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a abertura de inquérito para apurar suposta prática de crime de apologia ao nazismo pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM) e por Bruno Aiub, conhecido como Monark. Em entrevista à rádio Jovem Pan João Pessoa, nesta quarta-feira (9), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, na Paraíba, Harrison Targino, defendeu o início das investigações e disse que discursos de ódio não devem ser aceitos.

"Deve haver uma forte reação em qualquer tentativa de louvação ou de buscar prestigiar discursos de ódio ou nazistas, que afetem a dignidade humana. Fez bem o procurador-geral da República em pedir a abertura de inquérito para investigar os fatos, detalhando o que ocorreu na linguagem como foi posta para, afinal, até finalizar, que o estado democrático de direito não é compatível com exageros que visam corroer a liberdade de todos e a liberdade humana". 

No Flow Podcast, Kim sugeriu que grupos radicais ganham força quando o cerceamento de ideias extremistas é praticado em detrimento da liberdade de expressão. Veja a reportagem completa sobre as declarações

Em nota, o deputado disse que irá colaborar com as investigações da PGR, mas afirmou ser alvo de perseguição política. Veja a nota:

"É aterrador que o PGR, que sempre faz vista grossa para crimes que realmente aconteceram tenha agido tão rápido. Quando há claros indícios de crime cometido pelo presidente da República, Augusto Aras nada faz.

Porém, diante de uma conduta claramente de mero debate em um podcast, Aras age rapidamente —e com inquestionável cunho político para perseguir minha conduta de oposição ao governo Bolsonaro. É um contrassenso.

Vou colaborar com as investigações pois meu discurso foi absolutamente anti-nazista, não há nada de criminoso em defender que o nazismo seja repudiado com veemência no campo ideológico para que as atrocidades que conhecemos nunca sejam cometidas novamente. Ao contrário das pessoas privilegiadas pela inércia de Aras, nada tenho a esconder."

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