“Não sou fiscal de dados do Ministério”, diz Queiroga ao negar responsabilidade por vazamento de dados de médicos
Ministro disse que questionamentos deveriam ser feitos à deputada bolsonarista Bia Kicis, que compartilhou os dados.
Em declaração na manhã desta sexta-feira (7), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que não é fiscal de dados da pasta. Ele foi questionado sobre o vazamento de documentos de médicos favoráveis à vacinação e que foram compartilhados em grupos de WhatsApp pela deputada bolsonarista Bia Kicis. “Não sou fiscal de dados do Ministério (da Saúde)”, declarou o ministro.
Os profissionais cujos dados tornaram-se públicos teriam participado da audiência pública promovida pelo ministério - com relação a decisão da vacinação contra Covid-19 para crianças. Ainda sobre resposta, Queiroga afirmou que os questionamentos deveriam ser feitos à Bia.
Em consequência do vazamentos, três médicos receberam ameaças nas redes sociais por grupos antivacinas. Dados como CPF, e-mail e telefone foram disponibilizados ao público, além das respectivas declarações de conflito de interesses – uma praxe no meio médico antes de profissionais da saúde participarem de eventos como este.
Em entrevista ao Globo, a deputada admitiu que compartilhou as informações em um grupo de Whatsapp. Ela, contudo, negou que tenha sido responsável pelo amplo vazamento.