Justiça nega pedido de suspeito e proíbe exumação do corpo de Mariana Thomaz
O empresário está preso por suspeita de feminicídio
Foi indeferido pela Justiça da Paraíba, nesta quinta-feira (17), o pedido da defesa de Johannes Dudeck para exumação do corpo da estudante de medicina Mariana Thomaz. Ela foi encontrada morta na manhã do último sábado (12), em um apartamento no bairro do Cabo Branco. O empresário está preso por suspeita de feminicídio.
A decisão foi do juíz Marcos William de Oliveira, que alegou que é dada prioridade, em caso de violência contra mulher, ao exame de corpo de delito. Por conta disso, não haveria necessidade de realizar novos exames antes que este seja divulgado e as análises sejam conclusivas.
Outro argumento utilizado pelo juiz na decisão é que os laudos cadavérico, toxicológico e de violência doméstica ainda estão sendo concluídos e que ainda não se tem um inquérito policial distribuído.
Imagens
Imagens do circuito de monitoramento do condomínio onde ela foi encontrada, que fica no bairro Cabo Branco, em João Pessoa, registraram os últimos momentos de vida da estudante.
No material (veja abaixo) é possível visualizar que o casal chega pouco depois da meia noite. Nota-se também que a presença de uma garrafa de bebida. Eles caminham em um corredor até entrarem em um dos apartamentos.
Por volta da 01h39, o acusado aparece sem camisa deixando o apartamento. Ele deixa a porta aberta e seguem em direção à saída. A polícia acredita que, nesse momento, Mariana já estava morta.
Imagens do circuito de monitoramento mostram os últimos momentos da estudante de medicina Mariana Thomaz com vida. Ela entra no condomínio ao lado do acusado perto da meia noite de sábado (12), em João Pessoa #PortalT5 pic.twitter.com/aEfEBbSyy0
— Portal T5 (@Portal_T5) March 15, 2022
Laudo aponta lesões sexuais
O laudo pericial que analisou o corpo da estudante apontou lesões sexuais. A informação foi confirmada na noite da terça-feira (15), pelo delegado Joames Oliveira. Segundo ele, a vítima foi morta por estrangulamento e é possível afirmar que houve atividade sexual intensa perto da hora da morte. A Polícia Civil apura se houve crime de estupro, consumo de drogas e tentativa de defesa antes do homicídio.
"O documento atesta lesões causadas por uma atividade sexual intensa, com traços de violência. Apesar disso, a investigação ainda não caminhou o suficiente para que um eventual estupro seja confirmado, e essa possibilidade é investigada.", disse o delegado.
Segundo a chefe do Numol (Núcleo de Medicina e Odontologia Legal), Cristiane Freire, exames foram solicitados pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil.
"Investigamos se houve consumo de drogas e a possibilidade de defesa da vítima no momento do crime. A Polícia Civil não solicitou os testes para saber se houve estupro, mas coletamos material e pedimos para ser analisado", disse ao Portal T5.