João Pessoa tem aumento no índice de risco de infestação do aedes aegypti
Em abril, o Índice de Infestação Predial (IPP) na cidade era de 0,8%, considerado baixo
Nesta segunda-feira (17), a Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou os resultados do terceiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), apontando o Índice de Infestação Predial (IIP) da cidade em 1,2%. A pesquisa, realizada entre os dias 03 e 07 de julho pela Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses, revelou que o município se encontra em médio risco para a infestação do mosquito, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Em abril, o Índice de Infestação Predial (IPP) na cidade era de 0,8%, considerado baixo.
No estudo, os bairros da capital paraibana foram divididos em 29 estratos (regiões). Dos estratos analisados, 14 estão em situação de médio risco, com IIP variando de 1% a 3,9%, enquanto os outros 15 foram classificados como baixo risco, com IIP abaixo de 1%. De acordo com o LIRAa, nenhum estrato apresenta risco elevado (IIP igual ou maior que 4%).
O levantamento revela que, a cada 100 imóveis pesquisados, apenas um possui risco de reprodução do mosquito Aedes aegypti. Importante destacar que o LIRAa é uma pesquisa amostral, com metodologia definida pelo Ministério da Saúde, e nesta edição, foram inspecionados 13.274 imóveis.
Entre os bairros que apresentaram médio risco de infestação do mosquito, destacam-se os Bancários, Jardim Cidade Universitária, Jardim São Paulo e Anatólia, todos com IIP de 3%. Também estão nessa categoria os bairros Bairro das Indústrias e Mumbaba, com IIP de 2,9%, e Valentina e Planalto Boa Esperança, com IIP de 2,5%. Além desses, a pesquisa apontou médio risco nos seguintes bairros: Oitizeiro, Alto do Mateus, Jardim Veneza, Distrito Industrial, Costa e Silva, Ernani Sátiro, Cristo, João Paulo II, Funcionários, Grotão, Gramame, Paratibe, Muçumago, Mangabeira, Varadouro, Jaguaribe, Ilha do Bispo, Trincheiras, Centro e Tambiá.
Diante dos resultados, a diretora de Vigilância em Saúde de João Pessoa, Raquel Moraes, afirmou que a SMS irá intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti. As equipes já atuam rotineiramente em toda a cidade, eliminando focos e promovendo ações educativas para a população. O reforço no trabalho será realizado nas áreas identificadas com médio risco de infestação do mosquito, visando evitar a propagação das doenças transmitidas pelo vetor.
Além de apontar as áreas com maior incidência do Aedes aegypti, o LIRAa também identifica os tipos de depósitos mais predominantes como criadouros do mosquito. Segundo o levantamento, os focos foram encontrados, em sua maioria, nos depósitos ao nível do solo e em resíduos urbanos, como lixo, destacando a importância da conscientização e da eliminação adequada desses criadouros para o controle da proliferação do mosquito.
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