Grávidas vacinadas com AstraZeneca na Paraíba podem tomar 2ª dose de outro fabricante
Imunização desse público com vacina de Oxford foi suspensa em maio pela Anvisa
Gestantes e puérperas (período de 45 dias após o parto) que receberam a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 podem completar o esquema de imunização com aplicação da segunda dose de outro fabricante, conforme nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde. Na Paraíba, o imunizante foi aplicado em cerca de 700 mulheres antes da contraindicação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A imunização desse público com a AstraZeneca foi suspensa em maio pela Anvisa após a morte de uma grávida no Rio de Janeiro. Com isso, o governo federal recomentou que o complemento da imunização deveria ser realizado 45 dias após o parto, ou seja, depois do puerpério, ultrapassando 90 dias de intervalo entre as duas doses.
Agora, a aplicação de segundas doses de vacinas para o grupo prioritário deve ser preferencialmente com o imunizante da Pfizer e, em caso de falta, pode ser utilizada a CoronaVac. O período de intervalo entre as doses é de 90 dias.
Por que a AstraZeneca foi suspensa para grávidas?
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recebeu a notificação da morte de uma gestante, de 35 anos, após a administração da vacina AstraZeneca em 10 de maio. Trata-se de um evento ocorrido em uma mulher no estado do Rio de Janeiro. O caso é avaliado pela Câmara Técnica Assessora em Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos (CTAFAVI). Após esse caso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu nota solicitando a interrupção da vacinação de gestantes com uso da vacina.
Quando procurar um médico?
De acordo com a Secretaria de Saúde, as gestantes e puérperas que já se imunizaram com a vacina da AstraZeneca devem procurar atendimento médico imediato se apresentarem um dos seguintes sintomas, entre 4 e 28 dias após a vacinação. Veja:
Falta de ar;
dor no peito;
inchaço na perna;
dor abdominal persistente;
sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte intensidade, borrada, dificuldade na fala ou sonolência;
pequenas manchas avermelhadas na pele além do local em que foi aplicada a vacina.
Óbitos
Até o último mês, 16 gestantes morreram por Covid-19, entre 391 casos confirmados desde o início da pandemia, conforme a SES.
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