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"Fisicamente bem, mas emocionalmente abalados , diz paraibana que conseguiu sair da Ucrânia

Nesta quinta-feira (31), a artesã gravou um vídeo agradecendo o carinho dos que estavam torcendo pela sua aparição.

Por Renata Nunes Publicado em
Já na Crimeia, paraibana grava vídeo e diz que está bem
Já na Crimeia, paraibana grava vídeo e diz que está bem (Imagem: reprodução/Instagram)

paraibana Silvana Pilipenko, que estava desaparecida na Ucrânia, já chegou à Criméia, região anexada à Rússia desde 2014. Nesta quinta-feira (31), a artesã gravou um vídeo agradecendo o carinho dos que estavam torcendo pela sua aparição.

"Por causa do carinho de vocês, da preocupação, eu me senti no dever, na responsabilidade de dizer para vocês que nós estamos bem. Nós saímos do território ucraniano faz dois dias. Estamos na Criméia, em um pequeno vilarejo", iniciou.

"Eu, minha sogra e meu esposo estamos fisicamente bem, mas emocionalmente abalados, precisamos de um tempo para nos reconstruir. Foram dias difíceis, mas eu agradeço por cada oração de vocês, pelo empenho de vocês, pois eu tenho certeza que as orações foram parte fundamental para que a nossa saída de lá tivesse êxito", acrescentou.

Ela também pediu orações pelo povo ucraniano. "Eu peço a cada um de vocês que continue orando pelo povo ucraniano. É uma situação muito delicada. Quem está lá não tem muitas saídas, não tem muitas escolhas. Continuem orando por aquele povo, para que ele continue sendo forte, resistindo e sobrevivendo à essa guerra", disse

Segundo ela, ainda não há data definida para o retorno ao Brasil. Os trâmites estão sendo articulados pelo Itamaraty.

Relembre o caso

Familiares de Silvana Vicente Pilipenko, 53 anos, estavam há vários dias buscando retomar contato com a paraibana que residia em Mariupol, cidade do Leste da Ucrânia, há quase 30 anos.  Em João Pessoa, Mere Vicente fez postagens através das redes sociais e informou que último contato entre elas aconteceu no dia 2 de março, por meio de chamada. Ela mandou um vídeo para a família antes de desaparecer (clique aqui e assista).

"Eu falava com ela duas ou três vezes por dia. Mas quando iniciou a guerra, começou a faltar energia, cortes de internet. A última vez que eu falei com ela foi no dia 2 de março", disse Mere.

Contato com o filho

Gabriel Pilipenko, filho de Silvana, disse que o Itamaraty está prestando assistência em todo o processo de retorno dos parentes ao Brasil. "Eu achei o transporte, eles me ajudaram com as despesas, com a travessia entre as fronteiras e futuramente com a tirada da minha família da Rússia de volta ao Brasil", disse.

Por meio da assessoria, o Itamaraty informou que o escritório de apoio em Lviv está em contato com a brasileira e com seus familiares diretos e que a Embaixada do Brasil em Moscou realizou gestões junto ao governo russo para que a brasileira e seus acompanhantes ucranianos tenham saída facilitada da zona de conflito.

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