Filha de Paulo Cupertino diz estar aliviada com prisão do pai: "Vai pagar pelo que fez"
Isabela era namorada de Rafael Miguel. Ela disse que não quer manter contato com pai
Alívio. Esse foi o sentimento que predominou na jovem Isabela Tibcherani, de 21 anos, quando confirmou que o pai, Paulo Cupertino, foi preso nesta segunda-feira (16). Entretanto, ela não considera o episódio como o fechamento de um ciclo, porque ainda não sente ter realmente seguido com a vida após a morte do namorado, o ator Rafael Miguel, e dos pais dele, em 9 de junho de 2019.
As declarações foram dadas em entrevista ao SBT. "É aliviante pensar que finalmente ele foi pego e vai, espero em Deus, pagar pelo que fez. Mas é uma mistura de sentimentos de medo, de angústia, não pela prisão, mas por toda a repercussão que isso gera e é muito cansativo, muito maçante viver tudo isso", pontuou.
Ainda de acordo com a jovem, o senso de justiça não se dá apenas pela prisão de Cupertino, mas de ela própria conseguir "se reerguer de fato, porque não adianta conseguir a justiça e permanecer infeliz". Quando soube que o pai havia sido preso ficou surpresa, e a primeira reação que teve "foi perguntar se era de verdade, porque da última vez não era, e foi muito difícil". Segundo ela, o alívio, com a confirmação na sequência, veio porque criou durante os quase três anos passados desde o crime "uma necessidade de um fechamento, de uma resolução".
Isabela diz que nunca entenderá os pensamentos do pai. "Porque a gente entende como sentimento de pai para filho um sentimento de amor, de cuidado, de zelo, de proteção. Que é tudo que ele não fez. Então, para mim, não tem sentido nenhum. Não tem sentimento de nada. Não tem conexão em nada. É só uma necessidade extrema de desvincular tudo e ele pagar pelo que fez", pontuou.
A dor da saudade de Rafael Miguel, em suas palavras, "é constante". Porém, fala ainda ter se acostumado com o sentimento. "Não dá para viver a vida se alimentando disso. Porque querendo ou não o tempo passou, eu cresci, as responsabilidades vieram. Eu preciso tocar a minha vida, então não dá para viver me embasando nisso, mas o sentimento não muda. A diferença é que hoje eu lido com ele de uma maneira mais minha, mas não muda".
Para ela, o pai começou a pagar pelos assassinatos no dia do ocorrido, porque começou a viver escondido da polícia. Ela afirma não ter vontade de dizer qualquer coisa para Cupertino. "Se tiver que encontrá-lo, por motivos judiciais, estou disponível, mas não tenho o que dizer. Na verdade, eu gostaria de saber o que ele falaria para mim. Eu, para ele, não tenho nada", declarou.
A jovem espera que prender o pai não tenha sido apenas uma "uma questão de orgulho", mas realmente "a necessidade e a oportunidade de justiça". "E espero também para a minha parte, para a parte das pessoas que são vítimas dessa situação, que a gente consiga ter aí um prosseguimento mais tranquilo, que a gente consiga de verdade a tranquilidade que a gente tanto espera, porque é cansativo", completou.
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