Família procura jovem desaparecido há um ano em João Pessoa
"A família está destruída", declarou um primo de Daniel Alexandre, desaparecido em setembro do ano passado.
Nesta quarta-feira (29), o desaparecimento de Daniel Alexandre Sousa da Silva, de 34 anos, completa um ano. Ele saiu da casa onde morava, no bairro Ernesto Geisel, em João Pessoa, e não retornou. Ainda sem pistas, familiares e amigos buscam respostas do paradeiro do rapaz.
"Ele saiu de casa, não levou documento. Saiu só com uma sandália e a roupa, como se fosse pra perto de casa e levou o celular. A gente já tentou rastrear o celular, mas não temos nenhuma ideia do que realmente aconteceu com ele. Até porque ele não tinha envolvimento com nada de errado, pelo menos que a gente sabia", disse Elisafi Donato, primo de Daniel.
"A família está destruída", completou ele.
O Portal T5 procurou a Polícia Civil, mas não obteve resposta sobre o andamento das investigações.
Quem tiver informações sobre o paradeiro do rapaz pode ligar para (83) 9 8858-4375 ou para o 197 da Polícia Civil.
Relatório
Entre 2018 e 2020, a Polícia Civil registrou 565 casos de desaparecimento. Deste número, 96 casos estão sem solução e são acompanhados pelo Plid-PB (Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos). Segundo o relatório, 22,54% dos desaparecidos têm entre 18 e 25 anos; 19,72% são crianças e adolescente com até 17 anos de idade; 15,49% estão na faixa etária entre 26 e 30 anos; 8,45% entre 31 e 35 anos; 28,17% têm entre 36 e 65 anos e 5,63 mais de 65 anos.
Perfil dos desaparecidos
O relatório aponta que 59,38% são do sexo masculino, 30,21% do sexo feminino e 10,42% nao teve o sexo informado. A maioria é parda (68%) e preta (16%); 16% foram declarados da cor branca.
Busca imediata
De acordo com o Plid, é considerado desaparecimento o sumiço repentino de alguém, sem aviso prévio a familiares ou a terceiros, ou seja, uma pessoa é considerada desaparecida quando não pode ser localizada nos lugares nos quais costuma frequentar. Os parentes e responsáveis não devem aguardar 24 horas (ou qualquer outro intervalo de tempo) para avisar à polícia com o fim de serem iniciadas as buscas. Quanto mais rápido a mobilização for feita, maiores são as chances de reencontro. A Lei Federal 11.259/2005, inclusive, prevê a busca imediata pela criança ou adolescente desaparecido, a partir da ocorrência policial.
Saiba o que fazer
Assim que perceber que um familiar desapareceu, compareça à uma Delegacia de Polícia para registrar a ocorrência. Não é necessário aguardar 24 horas. Faça imediatamente o Boletim de Ocorrência, pois esse é o documento que desencadeia oficialmente a investigação de um desaparecimento. Além disso, ligue para Emergência 190 e comunique o fato à Polícia Militar para que essa também possa auxiliar nas buscas. Existem ainda outras providências importantes no processo de busca, tais como, descartar a possibilidade de falecimento e a procura em hospitais.
Registre o caso no Plid-PB. Acesse www.mppb.mp.br/plid; preencha o formulário disponível e envie-o com uma foto da pessoa desaparecida, com o nome dela no arquivo, ao e-mail [email protected] ou por meio do Protocolo Eletrônico (clique AQUI).
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