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Desenvolvimento socioemocional: os desafios na educação infantil

Segundo a psicóloga Laysa Bandeira, cada fase do desenvolvimento humano demanda abordagens diferentes

Por Juliana Alves Publicado em
O desafio atual das crianças e adolescentes é saber lidar com as próprias emoções
O desafio atual das crianças e adolescentes é saber lidar com as próprias emoções (Foto: Divulgação/ISO)

Nascidos em uma época onde sempre houve internet e tudo acontece muito rápido, as novas gerações não precisam se esforçar para dominar tecnologias e desenvolver a capacidade de armazenar uma grande quantidade de informações.

No entanto, o desafio atual das crianças e adolescentes é saber lidar com as próprias emoções e a escola desempenha um papel fundamental na educação socioemocional.

Segundo Laysa Bandeira, psicóloga do LIV - Laboratório Inteligência de Vida - do ISO Colégio e Cursos, por muito tempo o foco das escolas era limitado ao desenvolvimento cognitivo.

“Hoje vemos uma mudança nesse quadro, trazendo a importância da interação e afetividade. Entendemos a importância de desenvolver o lado emocional dos alunos, tornando-os mais autônomos e protagonistas das suas vidas e escolhas”, detalha a especialista.

A psicóloga reforça a importância de um espaço de acolhimento para as emoções em casa e na escola. “Está tudo bem sentir. É preciso saber que não podemos controlar o que sentimos, mas é possível direcionar esses sentimentos”, declara.

A importância do desenvolvimento socioemocional

Cada idade demanda uma abordagem diferente para o desenvolvimento socioemocional das crianças e adolescentes. Nos primeiros anos do Ensino Infantil do ISO, as crianças são estimuladas a entrar em contato com suas emoções, identificando-as, nomeando-as e aprendendo a se relacionar com o que sentem.

“Esse processo é feito utilizando situações e experiências que ajudam as crianças a construírem uma linguagem e a falarem o que pensam em um ambiente que se sentem acolhidas e seguras. Desenvolvemos aulas pensadas para cada idade, o que as leva a refletirem sobre si mesmos e sobre os outros de forma mais empática,” explica Laysa.

Durante as aulas, que fazem parte da grade de matérias obrigatórias do colégio, as crianças trabalham emoções como alegria, raiva, tristeza e, paralelamente, desenvolvem habilidades socioemocionais, pensamento crítico, empatia e criatividade.

“Trazemos histórias com temas que as crianças vivem em seu dia a dia, com as quais eles possam se identificar, e também aplicamos atividades e jogos lúdicos. Elas são estimuladas a falar sobre sentimentos e como gerenciá-los, como lidar e resolver aquele problema abordado. Dessa forma, conseguimos desenvolver habilidades socioemocionais,” analisa a psicóloga.

Na adolescência, o desafio é desenvolver habilidades emocionais para serem colocadas em prática na vivência do aluno, seja em casa, na família ou em grupos de amigos. “Nessa fase, é estimulada a expansão do autoconhecimento, do pensamento crítico e da empatia, algo que transcende as paredes da escola,” reflete Laysa.

As habilidades emocionais desenvolvidas na infância e adolescência reverberam ao longo da vida. “No futuro, o aluno ISO não ficará paralisado diante de um problema. Ele vai pensar, racionalizar, saber controlar suas emoções e resolver a situação, diferente de alguém que não tem um socioemocional bem estruturado”, finaliza a psicóloga.



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