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Criança que teve caneta cravada no pescoço está fora de perigo e chamou pela mãe

A informação foi dada pelo diretor do hospital de trauma de João Pessoa, Laércio Bragante

Por Carlos Rocha Publicado em
Criança que teve caneta cravada no pescoço está fora de perigo e chamou pela mãe
Criança que teve caneta cravada no pescoço está fora de perigo e chamou pela mãe (Foto: Reprodução)

Já está fora de perigo a criança de 4 anos que foi encontrada na manhã do último domingo (17) com uma caneta cravada e fios envoltos no pescoço em um abrigo de João Pessoa. A informação foi dada pelo diretor do hospital de trauma de João Pessoa, Laércio Bragante no início da tarde desta terça-feira (19). De acordo com ele, o menino teve a estrutura interna da garganta recuperada, respira sem ajuda de aparelhos e chamou pela mãe.

"Essa criança chegou aqui no hospital com uma caneta atravessada na garganta. Para a penetração é preciso um golpe com muita força, porque entrou perfurou a pele e atingiu as estruturas internas do pescoço dessa criança. Felizmente não afetou estruturas mais importantes, mas passou muito próximo grandes artérias que poderia levar um sangramento grave. O objeto também não atingiu a traqueia. Através de uma cirurgia foi retirado o instrumento e recuperada a estrutura e assim a criança está com a condição de fora de risco de morte, respira sem ajuda de aparelhos, consciente, orientada, se alimentando e reclama da ausência da mãe", relatou.

+ Mais de 700 meninas de até 14 anos foram estupradas e engravidaram na Paraíba

A mãe da vítima, uma adolescente de 15 anos de idade, confessou que foi a autora das agressões. A criança é fruto de um estupro que a adolescente sofreu aos 11 anos de idade. O menino vivia junto com ela no abrigo há cerca de oito meses, de acordo com a delegada Joana D'Arc. A princípio a mãe negou a autoria, mas em depoimento à Vara da Infância e Juventude acabou confessando.

A mãe adolescente

A adolescente de 15 anos suspeita de tentar matar o filho de quatro anos teve o pedido de internação definitiva solicitado pelo Ministério Público da Paraíba. O acompanhamento psicológico da menor também foi pedido pela Promotoria, que entende a fragilidade emocional da menina estuprada aos 11 anos. O suspeito dos crimes sexuais é o padrasto da vítima. Em depoimento, ela afirmou que era acusada pela mãe de assediar o homem.

A promotora da Infância Ivete Arruda ouviu a adolescente, que confessou o crime. A jurista revelou detalhes do depoimento em entrevista à repórter Dui Borges, da TV Tambaú. “Ela realmente confessou que tentou matar o filho e a motivação não apenas uma. Quando criança, ela foi estuprada pelo padrasto e não recebeu apoio da mãe, pelo contrário, era acusada de assediar o homem”. A menina era levada para uma região de vegetação, onde ocorriam os crimes sexuais. “Eu casa ela também era estuprada, inclusive a mãe assistia”, disse a promotora.

sucessão de estupros gerou o filho, nascido há quatro anos. O pai da criança foi condenado por estupro de vulnerável e está preso.

Sem a família, a menina estava em um abrigo para menores, onde tentou matar o filho, conforme a Justiça. No dia do crime, ela disse que “tentou tirar a dor de dentro dela”.

“Naquele momento ela pensou que se tirasse a criança da vida dela, a dor iria desaparecer. O que ela via era a cena do estupro, todas as acusações da mãe e tudo o que viveu”, explicou a promotora Ivete Arruda .

A adolescente envolveu a criança com um fio e perfurou o pescoço dela com uma caneta. Na manhã do último domingo (17), o menino foi atendido no Hospital de Trauma de João Pessoa, onde, em estado grave de saúde, recebe tratamento médico.

A jovem continua na carceragem da Central de Polícia e deve ser encaminhada ao Centro de Atendimento Socioeducativo Rita Gadelha, na capital paraibana.



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