Como a polícia chegou ao suspeito do desaparecimento de Ana Sophia
Portal T5 teve acesso a documentos que detalham fatos inéditos das investigações
As investigações sobre o desaparecimento de Ana Sophia, 8 anos, chegaram a uma nova fase. A Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público da Paraíba o pedido de prisão temporária de Tiago Fontes Silva da Rocha. Agora, cabe a Justiça avaliar a solicitação baseada na apuração do Núcleo de Homicídios de Solânea, no Brejo paraibano.
O Portal T5 teve acesso a documentos que detalham fatos inéditos das investigações e apontam suspeitos do desaparecimento da criança. Antes de solicitar a prisão de Tiago Fontes, a Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público novos elementos e pediu a quebra do sigilo telefônico e o acesso aos registros de internet dos quatro investigados.
A reportagem teve acesso ao parecer assinado de promotor Ítalo Mácio de Oliveira. Nesse documento, a polícia relata o exame mais minucioso da sequência das filmagens, abrindo uma nova frente de investigação. A apuração identificou:
"A entrada de uma pessoa do sexo feminino na casa do representado Tiago Fontes, que pela semelhança da silhueta, estatura e as condições de tempo indicam que se trata da menor desaparecida. Somado a essa circunstância, tem-se o fato de que os representados, embora estivessem no referido imóvel, não esclareceram quem foi a pessoa que entrou na casa. Tal hesitação levanta sérias suspeitas de que eles estejam ocultando informações e de que esse foi o último local em que Ana Sophia esteve"
Além de Tiago Fontes, três pessoas da família dele tiveram a quebra do sigilo telefônico e o acesso aos registros de internet. Ele é casado com uma professora da escola onde a menina estuda. O material colhido pela polícia não foi divulgado.
A defesa de Tiago Fontes Silva da Rocha, investigado no caso do desaparecimento de Ana Sophia, criticou o pedido de prisão feito pelo Núcleo de Homicídios de Solânea, na Paraíba, e recebido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) no último final de semana. Em entrevista à TV Tambaú, o advogado Marcos Alânio afirmou: “Me preocupa. Na hora que você estabelece que há um crime praticado em decorrência do desaparecimento da criança você despreza outras vertentes investigativas que podem justificar o desaparecimento da menina”.
O desaparecimento de Ana Sophia
A criança desapareceu no Distrito de Roma no dia 4 de julho, no trajeto entre a residência onde morava e a de uma amiga, de onde saiu por volta das 12h34.
Câmeras de segurança registram os passos de Ana Sophia após deixar o local. A análise das gravações revelou que a criança deixou a casa da amiga e “desceu” a rua com sentido à Rodovia PB 105, chegando à bifurcação que dá acesso à Rua Francisco Maia, de onde ela some subitamente.
Mesmo após diversos depoimentos, buscas e apreensão em várias residências, perícias em telefones, até o momento não foi possível concluir o que aconteceu com a criança, se ela foi sequestrada, qual o paradeiro ou se ainda está viva.
*Matéria atualizada às 10h21 para acréscimo de informação
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