Com alta de mais de 39% em janeiro, bitcoin tem o melhor desempenho no começo do ano desde 2013
O especialista em criptoativos, Antonio Neto Ais explica o motivo da alta e o que pode acontecer no longo prazo com o ativo.
O primeiro mês de 2023 foi positivo para o mercado cripto, o bitcoin apresentou alta de mais de 41%, o melhor desempenho no começo do ano desde 2013. A alta expressiva após um 2022 marcado por correção chama atenção para um possível retorno positivo do mercado. Para o especialista em criptoativos, e CEO da gestora de cripto Braiscompany, Antonio Neto Ais, ainda é cedo para afirmar, mas há grande possibilidade do ano ser bem positivo para o mercado cripto.
Apesar de ser descentralizado e não sofrer influência direta de governos ou instituições financeiras, o mercado de criptoativos é impactado pela macroeconomia global. Índices importantes para o mercado, como S&P500, e as políticas adotadas pelo Federal Reserve (FED), o Banco Central dos Estados Unidos, costumam ditar o ritmo do mercado e a valorização do Bitcoin. Nesta quarta-feira (2), o FED voltou a subir a taxa de juros ameriacana, em 0,25 pontos-base, adotando um discurso mais duro e praticamente descartando a redução dos juros no país em 2023.
Apesar do aumento, o resultado foi positivo para o mercado cripto, com os principais obtendo valorização, transformando-se em um bom sinal, como explica Antonio Neto.
“Os investidores do mundo cripto também são investidores do mercado tradicional, quando a economia vai bem, eles se sentem mais à vontade para investir em cripto, que é considerado um investimento mais arriscado. A alta de 39% do BTC em janeiro é reflexo da positividade dos investidores quanto expectativa à taxa de juros dos Estados Unidos.Com a promessa de inflação mais controlada, o mercado cripto e principalmente o bitcoin voltam a fazer parte das carteiras dos grandes investidores, isso claro, valoriza o ativo”, explicou.
Outro ponto que aponta uma recuperação do mercado cripto agora em 2023 é a aproximação do halving, evento que costuma acontecer em média a cada quatro anos e reduz a emissão de bitcoin pela metade, tornando-o mais escasso no mercado.
“O próximo halving está previsto para acontecer no segundo trimestre de 2024, historicamente, meses antes o bitcoin entra em um ciclo de alta. A expectativa é que isso aconteça entre os últimos meses deste ano e os primeiros de 2024. Mas o mercado cripto é muito imprevisível, não é possível ter certeza de nada. No entanto, a expectativa é bem positiva para o segundo semestre”, finalizou Antonio Neto Ais.