Bolsonaro teme respingo de caso "Jefferson" na campanha e condena reação à PF
Grupos bolsonaristas mais radicais cobram parlamentares aliados sobre postura do presidente
Horas depois de o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que Roberto Jefferson trocasse a tornozeleira eletrônica para voltar para a cadeia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) leu no início da tarde deste domingo (23), a mensagem que ele publicou nas redes sociais condenando as falas do ex-presidente do PTB contra a ministra Cármen Lúcia, do STF, e os tiros do condenado do mensalão contra policiais federais.
Bolsonaro agiu rápido, orientado pelos coordenadores da campanha que temem que o episódio afaste os indecisos e o eleitor moderado que o candidato à reeleição quer conquistar para virar o resultado de primeiro turno, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou essa fase da disputa.
Na super live, que teve início neste sábado (22), com duração de 22 horas, o presidente também negou que Jefferson fosse aliado e afirmou que não existiam fotos com um dos condenados no mensalão. Em questão de minutos, viralizou nas redes a foto entre o presidente e o ex-dirigente do PTB durante visita ao Palácio do Planalto.
Enquanto Bolsonaro tenta se afastar do caso, aliados como é o caso do pastor Silas Malafaia, que esteve com o presidente em setembro no sepultamento da Rainha da Inglaterra, considera a prisão de Jefferson um abuso por parte do STF.
O deputado federal Ottoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro, também foi às redes sociais para dizer que conversou com a assessoria do presidente e que Bolsonaro teria tomado a decisão de mandar as Forças Armadas proteger Roberto Jefferson.
A campanha de Bolsonaro avalia que o caso pode impedir que o candidato siga o movimento de virada de votos, que assessores garantem que está acontecendo nos últimos dias.
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