Bolsonaro pediu para trocar Golpe por "revolução", diz jornal
Às vésperas do exame, 37 servidores do Inep pediram demissão por pressão e censura
Essa semana o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) estaria "ficando com a cara do governo". Nesta sexta-feira (19), uma reportagem do jornal Folha de São Publicou informa que o presidente pediu ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que o Golpe Militar de 1964 fosse citado como "revolução" em questões do exame.
O pedido teria sido comentado entre o ministro com membros do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração do Enem, mas acabou não vingando por falta de apoio jurídico, diz a reportagem.
Às vésperas do exame, 37 servidores do Inep pediram demissão por pressão e censura. O presidente Bolsonaro sempre foi crítico ao conteúdo abordado nas provas do Enem, como como equidade de gênero, diversidade sexual e até racismo. O processo para formular as questões, no entanto, é burocrático e envolve editais públicos, o que coloca ainda mais pressão em cima dos técnicos do Inep.
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