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Biomédica da PB esclarece dúvidas sobre vacinas aprovadas pela Anvisa

Aos 28 anos de carreira, cinco destes com atuação no estado, Milena confia na eficácia dos imunizantes autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Milena Saavedra é biomédica e mestre em patologia experimental pela FMRP-USP
Milena Saavedra é biomédica e mestre em patologia experimental pela FMRP-USP (Foto: Reprodução)

“Vitória da ciência, da pesquisa”. As palavras da biomédica Milena Saavedra reiteram o sentimento de uma classe que, por ofício, é a força de combate ao novo coronavírus em todo o mundo. A vacina chegou em meio a mais de 8,5 milhões de brasileiros infectados, com alarmantes 210 mil mortes - registros desta terça-feira (19).

Na linha de frente seguem médicos, enfermeiros, técnicos e dezenas de outros profissionais. Uma luta difícil e que, aos poucos, parece ter hora para cessar. Aos 28 anos de carreira, cinco destes com atuação na Paraíba, Milena confia na eficácia dos imunizantes autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Como profissional da saúde, nos encontramos em momento de vitória, de alegria. Vitória da ciência, vitória da pesquisa. É isso que nos mantém vivos”, afirmou.

A agência aprovou as vacinas dos laboratórios Sinovac e de Oxford. Mestre em patologia experimental pela FMRP-USP, Milena é coordenadora do projeto Humanizar das faculdades Nova Esperança. Ela, assim como mais de quatro milhões de paraibanos, acompanhou a aplicação da primeira dose na técnica de enfermagem Marineide Rodrigues Gouveia, de 60 anos.

Confira, abaixo, uma sequência de perguntas e respostas.

Quantas doses são previstas para a Coronavac?

“São duas doses. Após receber a primeira, há um período para o reforço”.

Qual a diferença entre as vacinas aprovadas pela Anvisa?

“Inicialmente, a Coronavac foi preparada com a expectativa de intervalo de duas semanas para aplicação. Todavia, há estudos que identificam uma eficácia maior com o aumento de tempo entre uma dose e outra”, completou.

“Quanto a segurança: ambas são seguras. A tecnologia para produção das duas é diferente. Em resumo, a Coronavac é estabelecida através de um vírus inativado – por processos físicos e químicos. Isso tira a capacidade do vírus de causar doenças. Trata-se de uma metodologia padronizada a muito tempo”.

“Já a vacina de Oxford, refere-se a outra metodologia - mas também já bem conhecida. Usa uma tecnologia chamada de vetor viral. É um vírus geneticamente alterado, que por exemplo, pegaram de chipanzé, e que não tem capacidade de causar doença em humanos. Acrescentaram uma parte do coronavírus e, quando esse vírus entrar em nosso corpo, o sistema imunológico responde – criando anticorpos”.

A população não deve ter medo de se vacinar?

“Não. Vamos lembrar que o Brasil é referencia mundial no programa de imunização. Ambas vacinas foram reconhecidas, certificadas pela Anvisa. É algo de grande credibilidade”.

Sobre informações duvidosas?

“Recomendamos que a população não se perca e caia em Fake News. Acredite, não temos nada mais eficaz que a vacina. Não existe alternativa terapêutica comprovada cientificamente contra o novo coronavírus, nem contra a Covid-19, como destacou a direção da Anvisa durante anúncio de aprovação dos imunizantes”.

Me vacinei, o que devo fazer em seguida?

"Mesmo vacinado, temos que nos proteger. A imunidade passa por um processo, que leva algum tempo. A vitória sobre esse vírus passa também pela mudança do comportamento social. Uso de máscara, distanciamento e álcool em gel salvam vidas”.

É possível tomar a primeira dose da vacina de uma marca e a segunda de outra?

"O recomendado é que se tome a primeira e a segunda dose da mesma vacina".

Grávidas não devem receber a vacina?

"No momento não há dados de segurança e de eficácia da vacina em gestantes. Então, nesse primeiro momento, a vacina não deve ser aplicada as gestantes".

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