Após Brasília, João Pessoa deve receber o sinal 5G; saiba mais
O professor Fabrício Braga, da UFPB, explicou o que é essa nova tecnologia e o que o usuário terá que dispor para usufruir dela
O sinal de 5G chegou ao Brasil. A tecnologia já está presente na capital federal, Brasília. Após a capital federal, entram na lista João Pessoa, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. Nessas cidades ainda não há data de implantação. A capital paraibana deve ser a primeira cidade do estado a contar do a tecnologia, de acordo com um cronograma estipulado no final de 2021.
O professor doutor Fabrício Braga Soares de Carvalho, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) explicou ao Portal T5 do que se trata essa nova tecnologia e o que o usuário terá que dispor para usufruir dela.
"O termo 5G refere-se à quinta geração da telefonia celular, ou seja, é a próxima geração da telefonia celular digital. Ela se caracteriza por oferecer taxas de transmissão de dados muito mais altas, uma latência muito baixa, ou seja, um atraso muito pequeno na troca de dados, e isso, consequentemente, vai permitir que muito mais usuários sejam conectados e que tenham acesso a essas altas taxas e altas velocidades", disse.
Fabrício ressaltou que a expectativa é de que ainda no segundo semestre outras capitais do país comecem a receber esse serviço, que já vem sendo oferecido há alguns anos em vários países do mundo. Todas as regiões do Brasil, até mesmo as regiões mais afastadas, serão beneficiadas pelas vantagens da tecnologia 5G, no entanto, isso vai levar um longo tempo.
"Dentro do leilão das faixas de operação do 5G, realizado pela ANATEL e pelo governo brasileiro no final de 2021, ficou estipulado um cronograma para, gradativamente, o serviço de 5G ser instalado e levado à todas as cidades do Brasil. Inicialmente as capitais e as maiores cidades e posteriormente as menores. Vai levar ainda alguns anos para que todo o Brasil tenha uma cobertura efetiva da tecnologia 5G", relatou.
O professor ressaltou ainda que a migração para o 5G vai exigir muitos investimentos por parte das operadoras, uma vez que a tecnologia opera em frequências diferentes daquelas que são utilizadas na gerações atuais da telefonia celular. Segundo ele, vai ser necessário um investimento maior para a instalação de novas antenas, a operação em diferentes faixas de frequência e novos equipamentos.
Além disso, Fabrício informou que para acessar o 5G será necessário aparelho smartphones compatíveis com essa tecnologia.
"Para poder utilizar a próxima geração de telefonia celular, vai ser necessário a utilização de novos aparelhos smartphones que sejam compatíveis com a tecnologia 5G, que suportem a operação das novas faixas de frequência. Há uma Estimativa de que em torno de 60 aparelhos celulares já foram homologados, certificados e que já estão à disposição do consumidor no Brasil, autorizados a operar nessas faixas de frequência que permitam que o usuário consiga se beneficiar da tecnologia 5G", finalizou.