Debate na Tambaú: candidatos apresentam propostas para saúde, geração de emprego e habitação
No segundo bloco do debate promovido pela TV Tambaú, os candidatos seguiram apresentando propostas e rebatendo informações apresentadas sobre diversos temas
Nove dos 14 candidatos à Prefeitura de João Pessoa participaram do último debateantes das eleições 2020. O embate entre os políticos foi realizado na manhã desta quarta-feira (11), pela TV Tambaú/SBT. Além da emissora, o debate foi reproduzido nos canais oficiais da empresa e transmitido pelo Portal T5. A TV Tambaú convocou os candidatos dos partidos com representação no Congresso Nacional. Os candidatos Walber Virgolino (Patriota) e Ricardo Coutinho (PSB) foram convidados pela emissora, mas não compareceram.
O debate foi dividido em três blocos e teve mediação da jornalista Karine Tenório. A Rede Tambaú de Comunicação (RTC) preparou toda uma estrutura obedecendo as normas sanitárias contra infecção da Covid-19. Foram montados camarins individuais e disponibilizados álcool em gel, máscaras descartáveis e tapete sanitizante na entrada do estúdio, onde o acesso foi limitado ao candidato e um assessor. Na hora do debate, apenas o candidato e a equipe operacional da emissora teve acesso ao espaço.
No segundo bloco do debate promovido pela TV Tambaú, os candidatos seguiram apresentando propostas e rebatendo informações apresentadas sobre diversos temas. O debate é o último antes das eleições, que acontecem no próximo domingo (15).
Raoni Mendes (Democratas) escolheu Nilvan Ferreira (MDB) para perguntar. Ele questionou sobre o pós-pandemia e geração de emprego e renda, perguntando como ela estimularia a Economia Criativa da capital. Nilvan disse que criaria espaços culturais de Som e de Imagem, falou também que outra ideia é transformar a Estação Ciência, sendo um grande centro de startups, para unir Prefeitura, universidades e Sebrae na economia criativa. Raoni mencionou que o turismo deve ser a prioridade para a economia criativa, entre a época de baixa temporada. Falou também de participações das universidades. Raoni Acusou Nilvan de decorar um plano de governo. Na tréplica, Nilvan mencionou que a economia criativa e o turismo terão atenção necessária caso seja eleito.
Na sequência, Nilvan Ferreira (MDB) questionou a candidata Edilma Freire (PV) quais as propostas para melhorar a saúde em João Pessoa. "Quero aumentar a rede de UPAs e colocar para funcionar aqueles gargalos que ainda existem na saúde de uma forma muito efetiva com muita presença e valorização dos nossos profissionais. Quero criar um centro de diagnóstico por imagem para resolver essas demoras nos exames e consultas realizadas", respondeu Edilma. Na réplica, Nilvan defendeu o acesso dos idosos ao sistema público de saúde. "A saúde de João Pessoa passa por um dos piores momentos. O exame de tomografia demora uns dois anos para conseguir. O servidor da saúde está abandonado. Nós vamos ter um hospital do idoso, pegar uma dessas estruturas de hospitais que estão fechadas em busca dos recursos no Governo Federal", destacou.
Os candidatos Cícero Lucena (PP) e Edilma Freire (PV) debateram problemas e soluções para o turismo na capital paraibana. Cícero questionou as políticas públicas de valorização ao Centro histórico. "Alguém teria coragem de levar um visitante ao nosso Centro histórico? Ou a sensação sua é que é um espaço abandonado, onde não temos alternativas de lazer, segurança, iluminação?", perguntou. Edilma defendeu o trabalho realizado no centro pela prefeitura nos últimos anos. "Hoje, o Centro histórico está iluminado 100% com led. Tem um calendário cultural, sendo a única capital no Brasil que tem cultura todo fim de semana com muita variedade e qualidade. Eu quero continuar investindo naquele espaço. O quer era o Parque da Lagoa? Não vinha ninguém porque era totalmente entregue", afirmou.
Cícero (Progressistas) chamou Carlos Monteiro (Rede) ao centro do palco e perguntou quais as propostas para a saúde pública diante da pandemia da Covid-19. Carlos disse que assumiu o compromisso com a população que o secretário da pasta será escolhido pelas pessoas. Também falou que as unidades de saúde serão priorizadas para realização de exames, sem centralizar em apenas um local. Carlos prometeu tornar o Hospital Metropolitano em um local de aprendizagem universitária. Cicero mencionou os PSFs construídos em sua gestão e prometeu voltar a entregar medicamentos em casa, disse que iria consertar o Trauminha e o Hospital Santa Isabel. Cícero disse ainda que iria reduzir o tempo de espera para atendimento do Samu. Carlos em tréplica acusou que a gestão de Cícero “é só passado” e disse que a gestão dele seria atual. Falou que faria as mesmas obras que o concorrente, mas com participação do povo.
O candidato Anísio Maia (PT) foi perguntado sobre o compromisso com a moralidade pelo candidato Carlos Monteiro (Rede). Anísio disse que vai criar um sistema informatizado para fiscalização de todos os gastos públicos na prefeitura. "Não gosto de entrar nesse debate de moralidade porque é o debate que os políticos tradicionais sempre falam e logo são descobertos com alguma imoralidade. Eu quero discutir fiscalização dos recursos públicos e como podemos criar um sistema para que as pessoas, independente do gestor, possa acompanhar todos os gastos públicos", afirmou. Carlos apresentou o histórico profissional como defesa da moralidade. "Nunca fui secretário de estado ou municipal. Nunca fui ordenador de despesas e sempre trouxe esse debate aqui. Trago uma vida de 22 anos como procurador de Estado, cuidando do patrimônio público. Trago também minha experiência como oficial de Justiça: 6 anos servindo ao Tribunal de Justiça da Paraíba. Vou fazer uma gestão pautada pela moralidade", destacou.
Anísio Maia questionou o candidato Ruy Carneiro sobre como ele pretende resolver a situação de pequenos e médios empresários que ficam impedidos de concorrer às licitações na Prefeitura por conta do monopólio de grupos. Ruy, por sua vez, disse que vai apostar na transparência das licitações. "Nós temos uma série de situações na prefeitura. A concessão de transporte, por exemplo, tem que ser revista. O transporte público de João Pessoa como está não dá mais para funcionar. Nós vamos reavaliar todos os contratos da prefeitura hoje. Vamos informatizar a prefeitura", ponderou.
Ruy Carneiro (PSB) escolheu João Almeida (Solidariedade) e perguntou como ele resolveria as 21 mil habitações em déficit em João Pessoa. João corrigiu o oponente dizendo que eram 24 mil casas em déficit, e que esse número não deveria ser tratado de forma estática. Ele disse que assumiria o compromisso da casa própria e resolveria a questão fundiária, de quem ainda não possui documentação. João prometeu R$ 10 mil para melhorias em habitação para cada morador. Em réplica, Ruy disse que mudaria os critérios para o ‘Minha Casa, Minha Vida’, afirmando que diminuiria a fila de espera fiscalizando e acabando com o “arrumadinho”. Ele prometeu o cartão reforma, para financiamento de obras. João, em tréplica, disse que “fiscalizar o sorteio é muito pouco”. O candidato falou que iria informatizar a Prefeitura, banindo a corrupção com uso da tecnologia.
João Almeida (Solidariedade) perguntou obrigatoriamente para Ítalo Guedes (PSOL)- pela dinâmica do debate. Ele questionou a opinião do oponente sobre ações no Centro Histórico de João Pessoa. Ítalo criticou a atual gestão de Luciano Cartaxo (PV) sobre as obras do Porto do Capim. Também mencionou que a comunidade precisa ser ouvida antes das obras serem iniciadas, oferecendo um turismo comunitário à população. Na réplica, João disse que a cidade é extremamente cultural e que precisa ser explorada no Roger, Alto do Ceú, Mandacaru e Porto do Capim. João disse que que a identidade de João Pessoa precisa ser recuperada. Ele mencionou que a economia criativa deve acontecer a partir das comunidade. Ítalo Guedes disse que investir em cultura gera retorno para a cidade e é fundamental.