Moraes proíbe PRF de fazer operações contra transporte público
Presidente do TSE disse que corporação pode ser responsabilizada criminalmente
Uma decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, proibiu neste sábado (29) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de realizar qualquer operação que afete o transporte público de eleitores neste domingo (30), em que acontece o segundo turno das Eleições 2022.
Também foi proibida a divulgação de resultado de operações relacionadas às eleições, por parte da Polícia Federal (PF), até o final do segundo turno. Ainda na decisão, Alexandre de Moraes afirmou que os diretores da PF e PRF podem ser responsabilizados criminalmente em caso de descumprimento.
Qual motivo da decisão?
A decisão do ministro foi tomada a partir de uma notícia apresentada ao TSE pelo deputado federal Luiz Paulo Teixeira Ferreira (PT-SP). Na ação, ele pedia providências para que a PRF não fosse mobilizada em favor da campanha do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.
Após nota do Ministério da Justiça e Segurança Pública, na manhã deste domingo (30), Moraes esclareceu que a decisão de restringir divulgações pela PF não atinge “o sistema Cortéx de dados de segurança, utilizado pela Polícia Federal, nem mesmo aqueles monitorados a partir do Centro Integrado de Comando e Controle”.
“Ou seja, o TSE não restringiu nenhuma ação da PF, mas tão somente as divulgações de operações específicas com imagens e entrevistas que possam influenciar no pleito eleitoral”, informou o tribunal.
Na Paraíba
O prefeito do município de Cuité, Charles Camaraense, denunciou uma possível ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nas redes sociais, ele se pronunciou dizendo: "Em pleno dia de eleição, blitz da Polícia Rodoviária Federal aqui na entrada de Cuité, impedindo que algumas pessoas possam deixar de votar".
Procurada, a PRF disse que não vai se manifestar, por causa da decisão do TSE.
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