Fábio Faria diz que rádios sabotaram propaganda de Bolsonaro
TSE vai investigar a denúncia mediante apresentação de provas mais robustas
Fábio Faria, ministro das Comunicações, convocou a imprensa na noite desta segunda-feira (24), em frente ao Palácio do Planalto para dar um pronunciamento acerca de algo que classificaram como "grave". Fábio estava ao lado do ex-secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten
A dupla anunciou que, a partir de uma auditoria contratada pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), foram constatadas supostas irregularidades nas inserções publicitárias do candidato à reeleição no segundo turno. Rádios teriam deixado de exibir um número considerável de inserções.
Segundo o ex-secretário, o número total de vezes em que as inserções deixaram de ser veiculadas seriam de 53 dias de propagandas partidárias. Faria disse que esteve nesta tarde com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e apresentou os números do levantamento.
“Isso é uma grave violação do sistema eleitoral. E agora o TSE vai investigar para saber porque essas rádios fizeram isso”, disse o ministro. A reclamação de Faria e de Wajngarten é de que a região mais afetada foi o Nordeste, com 18,24% menos inserções do que Lula, candidato do PT.
Após receber o documento, o presidente do TSE disse que as acusações são graves, mas baseadas em relatório "apócrifo".
"Os fatos narrados na petição inicial não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo “relatório de veiculações em Rádio”, que teria sido gerado pela empresa “Audiency Brasil Tecnologia. Tal fato é extremamente grave, pois a coligação requerente aponta suposta fraude eleitoral sem base documental alguma, o que, em tese, poderá caracterizar crime eleitoral dos autores, se constatada a motivação de tumultuar o pleito eleitoral em sua última semana", mencionou o ministro.