População de Bayeux teme instabilidade após cassação de Luciene Gomes
Em meio à decisão da Justiça, município tem concurso suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado.
A decisão da Justiça Eleitoral, que cassou o mandato de Luciene Gomes (PSD) da prefeitura de Bayeux, preocupa parte dos moradores do município da Região Metropolitana de João Pessoa. A população teme, inclusive, pela repetição de episódios não tão distantes, a exemplo da cassação do ex-prefeito Berg Lima, que gerou instabilidade na gestão. Para Cássio Adílio, supervisor de vendas, "a sensação é de descaso. Infelizmente queremos um bom desenvolvimento para a cidade e acontece isso com os gestores de Bayeux".
A nova decisão da Justiça Eleitoral baseia-se na "realização de políticas públicas assistenciais durante período eleitoral". Para a Justiça, a doação de cestas básicas durante a campanha configura crime mesmo durante a pandemia da Covid-19, momento justificado pelos advogados de Luciene. O vice-prefeito, Clecitoni Francisco de Albuquerque Silva, também teve o mandato cassado.
Atrelado ao problema pontual, o município segue com o novo concurso ainda suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado. A medida aconteceu depois da denúncia de que o Instituto de Desenvolvimento Institucional Brasileiro (Idib) não se enquadra na fundamentação da contratação escolhida pelo processo administrativo da prefeitura. O certame em questão oferta 567 vagas para contratação imediata e 2.840 de cadastro de reserva. Ao todo, são 34 cargos disponíveis.
Por nota, a assessoria jurídica da prefeitura de Bayeux afirmou que "apresentará embargos contra a decisão que condenou a realização de programas sociais durante a pandemia". A prefeitura finaliza o texto com a alegação de que "continuará no mandato e exercerá o direito ao recurso confiante de que a condenação será revista pelos tribunais superiores".
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