Coriolano Coutinho deve deixar prisão e cumprir medidas cautelares
O juiz determinou que o investigado cumpra medidas cautelares
A Justiça da Paraíba converteu a prisão de Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, de preventiva para domiciliar. O juiz Adilson Fabrício, da 1ª Vara Criminal da Capital determinou, nesta terça-feira (14), que o investigado cumpra medidas cautelares.
“Passados mais de dez meses desde o aprisionamento cautelar do custodiado Coriolano Coutinho, tenho que se mostra proporcional e razoável a substituição de sua prisão preventiva por outras medidas diversas da prisão, ficando o réu ciente de que não será tolerada a quebra imotivada das condições que lhes serão impostas, como ocorrido alhures”, diz um trecho da decisão.
Coriolano Coutinho foi preso em dezembro de 2019 na Operação Juízo Final, que foi um desdobramento da Calvário. Apesar da prisão, em fevereiro de 2020, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) permitiu a soltura de Coriolano, no entanto, ele teria que cumprir algumas medidas cautelares e o uso da tornozeleira foi uma delas.
Coriolano voltou a ser preso em dezembro de 2020, após descumprir medidas cautelares. Já em agosto desse ano, um pedido de habeas corpus em favor de Coriolano foi rejeitado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco), as investigações, que fazem parte da sétima fase da Operação Calvário, apuram o desvio de R$ 134,2 milhões em recursos públicos, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.
Na sétima fase foram presos o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), a deputada estadual Estela Bezerra (PSB), a prefeita de Conde, Márcia Lucena (PSB), os ex-secretários Waldson Dias e Gilberto Carneiro.