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CPI ouve o empresário Carlos Wizard

Por Renata Nunes Publicado em
CPI da Pandemia 30 de junho

A CPI da Pandemia convocou o empresário Carlos Wizard para prestar esclarecimentos sobre suposto "ministério paralelo da saúde", que seria responsável pelo aconselhamento extraoficial do governo federal com relação às medidas de enfrentamento da pandemia, incluindo a sugestão de utilização de medicamentos sem eficácia comprovada e o apoio à imunidade de rebanho. O requerimento é do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Carlos Wizard é  empresário e é apontado como integrante do “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. Wizard já foi inserido na lista de investigados da CPI. Omar Aziz (PSD-AM) informou que caso o depoimento seja a contento, não há necessidade de reter o passaporte do depoente.

Denúncia de propina na compra de vacinas

Devem ser votados nesta quarta-feira os requerimentos dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE) para convocação de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply. Ele afirmou à Folha de S. Paulo que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de assinar contrato de venda de vacinas com o Ministério da Saúde. A propina teria sido pedida pelo ex-diretor do Departamento de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, exonerado após a publicação da matéria.

Testemunho

Começou a reunião da CPI em que será ouvido Carlos Wizard Martins. A convocação do empresário foi requerida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que julga essencial “esclarecer detalhes de um 'ministério paralelo da saúde’”. Na primeira etapa, os parlamentares votam requerimentos.

Líder do Governo: AstraZeneca desmentiu ter intermediário no país

Sobre a denúncia da Folha de S. Paulo de pedido de propina na compra de vacinas AstraZeneca, o líder do Governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), observou que a AstraZeneca desmentiu ter intermediário no Brasil. Segundo ele, a exoneração de Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística da Saúde acusado na denúncia, ocorreu "para facilitar toda a apuração".

Retirada de requerimentos

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), acatou questão de ordem de Eduardo Braga (MDB-AM) e adiou para sexta-feira (2) a votação de 41 requerimentos relacionados ao estado do Amazonas. Braga citou o regimento interno do Senado para justificar que os pedidos não podem ser votados sem a antecedência mínima de dois dias para análise. Os requerimentos haviam sido colocados em pauta na noite de terça-feira (29).

Marcos Rogério diz que governo não blinda corrupto

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) disse que os senadores governistas não são contra investigar suspeitas de corrupção no Ministério da Saúde. Ele disse esperar que os senadores governistas tenham a mesma postura, e "parem de blindar investigações sobre o Consórcio Nordeste". Na resposta, o presidente Omar Aziz (PSD-AM) esclareceu que recorreu até ao STF para que a CPI investigue governadores.

Aprovada a convocação do líder do governo na Câmara

Após quase uma hora de discussão, os senadores aprovaram em conjunto uma série de requerimentos de quebras de sigilo e convocações, entre eles o do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros. Depois de protestos de Eduardo Braga (MDB-AM), o presidente Omar Aziz (PSD-AM) aceitou retirar da pauta itens relativos a investigações no Amazonas.



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