Inquérito aponta paraibano como elo entre governo e youtubers do “gabinete do ódio”, que faturam R$ 100 mil
De Campina Grande, o assessor especial da Presidência da República Tércio Arnaud Tomaz é um dos investigados
Um inquérito com 1.152 páginas, ao qual o jornal O Estado de São Paulo teve acesso, e publicou a reportam exclusiva nesta sexta-feira (5), revela como youtubers bolsonaristas ganham R$ 100 mil mensais com informações privilegiadas do Palácio do Planalto.
De Campina Grande, o assessor especial da Presidência da República Tércio Arnaud Tomaz é um dos investigados. O paraibano é apontado no inquérito dos atos antidemocráticos como elo entre o governo e os youtubers, que possuem acesso privilegiado a Bolsonaro e informaram faturamento de mais de R$ 100 mil por mês.
Durante sete meses de investigações, a convivência harmoniosa da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) com os youtubers do “gabinete do ódio” foi apurada.
Segundo o Estadão, integrante do “gabinete do ódio”, Tércio repassa vídeos do presidente e participa de grupo de WhatsApp com os blogueiros para “discutir questões do governo”, segundo disse em depoimento à Polícia Federal.
A investigação feita pela Polícia Federal e conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não terminou, mas já atormenta Jair Bolsonaro por fechar o cerco sobre a militância digital.
Conforme a reportagem, em depoimento à PF, Tércio negou dar tratamento diferenciado aos donos de canais no YouTube que orbitam em torno de Bolsonaro.
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