Relembre as fases da Operação Calvário e os alvos da ação
Deflagrada em 2018, a operação segue em sua oitava fase
Com a oitava fase deflagrada nesta terça-feira (10), a Operação Calvário foi iniciada em 14 de dezembro de 2018 e desde então tem movimentado o três poderes e o cenário político na Paraíba. Prisões, delações e mandados têm sido comum na investigação que desvendou uma organização criminosa no Estado e é considerada a ‘Lava-Jato’ da Paraíba.
Relembre a cronologia das ações do Ministério Público em conjunto com demais órgãos fiscalizadores e aPolícia Federal.
Primeira fase
Em 14 de dezembro de 2018, uma sexta-feira, a PF eMPPB deflagram a primeira etapa do que seria a maior investigação da Paraíba. Foi identificada uma organização criminosa que teve acesso a mais de R$1 bilhão em recursos públicos para a gestão de saúde na Paraíba e em outros estados, entre julho de 2011 e dezembro de 2018.
Além
de desviar recursos públicos, a organização criminosa ainda se
apropriou indevidamente de recursos privados que teriam
sido
confiados à Cruz VermelhaBrasileira, Organização
Social que geria um Hospital de Emergência e Trauma do estado.
Segunda fase
Também numa sexta-feira, 01 de fevereiro de 2019, foi deflagrada a segunda fase da ação. O objetivo desta fase foi cumprir mandados de prisão preventiva de Daniel Gomes da Silva, Michelle Louzada Cardoso e Leandro Nunes Azevedo e mandados de busca apreensão contra Waldson Dias de Souza, Livânia Maria da Silva Farias e Analuisa de Assis Ramalho Araújo. A decisão foi do desembargador do Tribunal de Justiça, Ricardo Vital, presidente da Câmara Criminal. As ações desta fase foram fundamentais para os próximos desdobramentos.
Terceira fase
A terceira fase, em 14 de março de 2019, cumpriu 11 mandados de busca domiciliar, expedidos pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, atendendo à solicitação do MPPB, em desfavor de Livânia Maria da Silva Farias, Elvis Rodrigues Farias, Haroldo Rivelino da Silva, Haller Renut da Silva, Gabriella Isabel da Silva Leite, Lucas Winnicius da Silva Leite, Carlos Pereira Júnior (Kolorau Júnior), Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, Josildo de Almeida Carneiro, Saulo Pereira Fernandes e Keydson Samuel de Sousa Santiago, nos autos da medida cautelar ajuizada para fins de coleta de elementos de prova, ainda na fase anterior à denúncia.
Quarta fase
Deflagrada em 30 de abril, a quarta etapa da operação Calvário cumpriu mandado de prisão contra a servidora pública Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, ela era lotada aa Procuradoria Geral do Estado. Além da prisão, foram cumpridos 18 de busca e apreensão. Esta foi a primeira fase da operação desencadeada após a colaboração premiada firmada pela ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias.
Quinta fase
Na quinta fase, em 09 de outubro de 2018, a Justiça determinou a expedição de três mandados de prisão preventiva em desfavor do então secretário de Turismo, Ivan Burity de Almeida, Jardel Aderico da Silva e Eduardo Simões Coutinho, diretor administrativo do Hospital Geral de Mamanguape. Os mandados de busca e apreensão também envolveram secretários e pessoas de outros estados.
Os 25 mandados de busca e apreensão foram em desfavor de Aléssio Trindade de Barros, José Arthur Viana Teixeira, Ivan Burity de Almeida, Pousada Potiguara/Camaratuba, Conesul Compercial e Tecnologia Educacional Eireli, Márcio Nogueira Vignoli, Hilário Ananias Queiroz Nogueira, Editora Grafset, Vladimir dos Santos Neiva, J.R. Araújo Desenvolvimento Humano Eireli/Editora Inteligência Relacional (este com localizações em Ribeirão Preto/SP e Maceió/AL), Jardel da Silva Aderico, Antônio Carlos de Souza Rangel, Henaldo Vieira da Silva, Giovana Araújo Vieira, Mário Sérgio Santa Fé da Cruz, Eduardo Simões Coutinho, José Aledson de Moura, Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (IPCEP) e Brink Mobil Equipamentos Educacionais (este último estabelecido em Colombo/PR, Curitiba/PR, Campina Grande do Sul/PR e São Paulo/SP).
Sexta fase
Nesta fase da operação, encabeçada pelo Gaeco e deflagrada em 15 de outubro, investigou-se contratos da gráfica Grafset com o Governo da Paraíba e cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-secretário executivo de Turismo do Estado Ivan Burity, preso na quinta fase da Operação.
Sétima fase
A sétima fase da Operação Calvário, batizada como ‘Juízo Final’ foi realizada em 17 de dezembro. Nela, o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho, foi alvo de mandado de prisão preventiva. A ação também contou com mandados de prisão contra a deputada estadual Estela Bezerra (PSB); a prefeita de Conde, Márcia Lucena (PSB); o ex-procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro; a ex-secretária da Saúde do Estado, Claudia Veras; o ex-secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Waldson de Souza; Coriolano Coutinho, irmão de Ricardo Coutinho; Bruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira Caldas; José Arthur Viana Teixeira; Benny Pereira de Lima; Breno Dornelles Pahim Neto; Francisco das Chagas Ferreira; Denise Krummenauer Pahim; David Clemente Monteiro Correia; Márcio Nogueira Vignoli; Valdemar Ábila, Vladimir dos Santos Neiva; e Hilário Ananias Queiroz Nogueira.
Oitava fase
Nesta terça-feira (10), foi deflagrada a 8a fase da ação e a Polícia Federal, o Gaeco e a Controladoria Geral da União (CGU), miraram nos jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado da Paraíba- que seriam o meio usado para lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde. Os alvos foram o radialista Fabiano Gomes, o irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho, Mayara de Fátima Martins de Souza e Denylson Oliveira Machado.