Maioria de deputados paraibanos vota a favor da manutenção do mandato de Wilson Santiago
A votação aconteceu na noite de quarta-feira (5) e o placar que se opôs à decisão do ministro Celso de Mello ficou em 233 votos destinados para que Wilson mantivesse o mandato e 170 contra
Dos doze deputados paraibanos que têm mandato na Câmara Federal em Brasília, apenas dois votaram contra a manutenção do mandato do deputado Wilson Santiago (PTB); foram eles Ruy Carneiro e Pedro Cunha Lima, ambos do PSDB. O deputado Julian Lemos (PSL) não esteve presente durante à votação. Já a deputada Edna Henrique (PSDB) se absteve do voto. A favor de Santiago votaram Damião Feliciano (PDT), Aguinaldo Ribeiro (PP), Frei Anastácio (PT), Hugo Motta (Republicanos), Wellington Roberto (PL) e Efraim Filho (DEM).
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A votação aconteceu na noite de quarta-feira (5) e o placar que se opôs à decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou em 233 votos destinados para que Wilson mantivesse o mandato e 170 contra. Para que o deputado continuasse afastado era necessário 257 votos. Na ocasião, os parlamentares apreenderam a fala do deputado Marcelo Ramos (PL-AM) onde alegou que afastar o paraibano seria uma afronta para as competências do Poder Legislativo.
Pés de Barro
O deputado Wilson Santiago é um dos investigados da operação Pés de Barro, da Polícia Federal, sobre superfaturamento em obras da adutora Capivara, no interior da Paraíba, que envolveriam crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa.
Segundo a Polícia Federal, as obras foram contratadas por R$ 24,8 milhões e teria havido distribuição de propinas no valor de R$ 1,2 milhão. Na mesma operação, foi preso o prefeito de Uiraúna (PB), João Bosco Nonato Fernandes (PSDB).
Defesa
O advogado de defesa do deputado Wilson Santiago, Luis Henrique Machado, chamou de inconstitucional a decisão do ministro Celso de Mello, que afastou o parlamentar do mandato.
Machado afirmou que Santiago está sendo objeto de um “definhamento midiático” diante do levantamento do sigilo das investigações antes do acesso da defesa. “Só tivemos acesso no dia 28 de janeiro, tivemos agora o recesso, e os blogs da Paraíba estão dando notícia das decisões”, criticou.