Deputado federal Wilson Santiago é denunciado pela PGR por corrupção passiva e organização criminosa
A operação Pés de Barro aconteceu na manhã deste sábado (21) contra uma esquema de pagamento ilícitos e superfaturamentos de obras na Paraíba.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB) neste sábado (21) e outras seis pessoas envolvidas na operação Pés de Barro pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. Além de Wilson Santiago, foram denunciados o prefeito de Uiraúna, no Sertão paraibano, João Bosco Nonato Fernandes (PSDB).
A operação Pés de Barro aconteceu na manhã deste sábado (21) contra uma esquema de pagamento ilícitos e superfaturamentos de obras na Paraíba. A casa do deputado federal Wilson Santiago, o gabinete do político, na Câmara dos Deputados, em Brasília, e a sede do partido Partido Trabalhista Brasileiro foram vistadas pelos policiais durante as ações.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão e sete ordens de afastamento das funções públicas nas cidades de João Pessoa, Uiraúna, São João do Rio do Peixe, na Paraíba, além de Brasília, no Distrito Federal.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o afastamento de Wilson Santiago do cargo.
O prefeito da cidade de Uiraúna, João Bosco Nonato Fernandes (PSDB), foi preso durante a operação. Outros seis alvos ainda são investigados, entre eles, os três assessores do parlamentar Evani Ramalho, Israel Nunes, Luiz Carlos de Almeida e Zoir Neves; o funcionário da Prefeitura Severino Batista e o empresário Cledson Dantas. Todos os alvos também tiveram a indisponibilidade de bens imóveis determinada pelo Poder Judiciário.
Ao Portal T5, a assessoria de Wilson Santiago disse que está à disposição da Justiça para colaborar em todo o processo. "A operação em questão foi baseada na delação do empresário George Ramalho, o qual foi preso em abril de 2019 na Operação Feudo. Segundo as informações preliminares, o delator iniciou no segundo semestre de 2019 a construção de um roteiro, que servisse como base para acordo que lhe favorecesse na operação que foi alvo de prisão. O delator busca a todo momento, construir relações que possam nos implicar de forma pessoal e criminalizar o trabalho parlamentar".
Também por nota, a equipe do prefeito da cidade de Uiraúna, João Bosco Nonato Fernandes afirmou que o gestor "foi surpreendido mas não se absteve em nenhum momento de colaborar com as investigações e cooperar com o Trabalho do Ministério Público Federal".
A defesa do prefeito ainda disse que não teve acesso ao conteúdo dos autos na íntegra e maiores esclarecimentos só serão passados após análise total dos fatos. "O prefeito João Bosco Nonato Fernandes e seus advogados estão confiantes de que a inocência do mesmo acerca das acusações será provada e a verdade restabelecida tão breve seja possível", finalizou.
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