Bolsonaro evita AI-5 e diz que Guedes é responsável pela economia
"Eu falo de AI-38. Quer falar de AI-38? Eu falo agora contigo. Quer o AI-38? Eu falo agora. Esse é meu número. Outra pergunta aí", disse.
GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em uma nova polêmica, desta vez envolvendo o ministro Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro não quis comentar nesta terça-feira (26) sobre a defesa de um novo AI-5 no país e ressaltou que o papel do auxiliar presidencial no governo é cuidar da política econômica.
Nos Estados Unidos, onde participou de um encontro de empresários, o ministro afirmou que não é possível se assustar com a ideia de alguém pedir a reedição de medida da ditadura militar diante de uma possível radicalização dos protestos no Brasil.
+ João Pessoa e Campina Grande recebem a Caravana de Natal da Coca-Cola
+ Terremoto de madrugada derruba prédios e deixa ao menos 13 mortos na Albânia
Na entrada do Palácio do Alvorada, onde cumprimentou um grupo de eleitores, o presidente tergiversou, dizendo que preferia falar sobre o seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, e não quis comentar a declaração de Guedes. O número da legenda na urna eletrônica deve ser o 38.
"Eu falo de AI-38. Quer falar de AI-38? Eu falo agora contigo. Quer o AI-38? Eu falo agora. Esse é meu número. Outra pergunta aí", disse.
+ Mulher volta atrás e retira queixa de agressão contra ex-vocalista do Calcinha Preta
+ Robert Pattinson enfrenta dificuldades em ganhar massa muscular para viver Batman
Editado em 1968, o AI-5 resultou no fechamento imediato do Congresso e no acirramento da censura no país. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu a iniciativa em novembro. Desautorizado por seu pai, após repercussão negativa no Legislativo, ele recuou e reconheceu que foi infeliz.
Apesar de não ter comentado sobre o AI-5, Bolsonaro fez questão de ressaltar, durante conversa na entrada do Palácio do Alvorada, que o ministro cuida da área econômica. No início de seu mandato, o presidente afirmou que entende um pouco mais de política que Guedes.
+ Moradores de cidade em Minas Gerais relatam tremor de terra
+ Juiz é rendido por criminosos dentro de fórum durante assalto na Paraíba
"Agora, a economia, como eu disse, eu sou o técnico de futebol e quem entra em campo são os 22 ministros. É o Paulo Guedes quem está jogando na economia", disse.
Na mesma fala, o presidente apoiou declaração de Guedes de que o país deve se acostumar com o elevado patamar do dólar, que fechou a segunda-feira (25) em novo recorde nominal de R$ 4,215. Ele disse esperar que o valor da moeda estrangeira caia, mas ponderou que há pontos positivos e negativos em uma cotação alta.
+ Love Bus: motorista arrecada brinquedos e doa a crianças carentes
+ Criminosos invadem escola pública para furtar objetos e provocam incêndio em Santa Rita
"Se ele [Guedes] falou, está falado. Eu espero que caia. Torço, assim como torço que caia a taxa Selic e que aumente nossa credibilidade junto ao mundo", afirmou. "Se você for analisar na ponta da linha, há prós e contras no dólar a R$ 4,21, como está agora", acrescentou.
Na avaliação de Guedes, a alta do dólar é reflexo de uma mudança na política econômica brasileira, com juros mais baixos e câmbio de equilíbrio alto, que ainda não foi compreendida pela maior parte da população.
+ Suspeito de assassinato é preso horas depois do crime em JP
+ Adolescentes são detidos após briga com facões em sessão que exibia 'Frozen 2'
Segundo o ministro, a principal consequência do câmbio flutuante hoje será o aumento das exportações e a queda das importações brasileiras. Para Guedes, é "normal" que países que tenham maior controle fiscal exerçam uma política monetária mais frouxa.
O recorde anterior era da segunda-feira passada (18), quando a moeda foi a R$ 4,2070 e superou a marca anterior, de R$ 4,197, no período eleitoral de 2018.
Leia Também:
+ Vídeo: Diego Hypólito e namorado participam de louvor com Michelle Bolsonaro
+ 'Now United' se apresenta na Globo e fãs detonam edição do programa no Twitter; veja
Siga nosso Instagram e Facebook e fique bem informado!
Adicione nosso WhatsApp: (83) 9 9142-9330.