"Tenho a maior honra de ser chamada 'de paraíba'", diz Maria Bethânia contra Bolsonaro
A cantora não costuma falar abertamente de política, mas se pronunciou sobre o tema.
“Como nordestina, me dói, não gosto que falem mal de minha terra e das minhas pessoas. Um austríaco não vai gostar se falarem que o Tirol é uma merda”, diz. “O Brasil é um país. Se você o preside, preside o país inteiro. Mas eu tenho a maior honra de ser chamada de ‘paraíba’", disse a cantora à Folha de São Paulo.
Bethânia não costuma falar abertamente de política. No show da quinta passada, ela inseriu "Caipira de Fato", do repertório de Inezita Barroso, antes de "Águia Nordestina", inédita de Chico César. Dias antes, o presidente Jair Bolsonaro usara o termo "paraíba" para se referir aos nordestinos, além de vetar recursos para o Maranhão.
Na última segunda, Bolsonaro disse que poderia contar ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, como o pai dele morrera em 1974. E, embora documentos provem que Fernando Santa Cruz desapareceu depois de ser preso por militares, o presidente afirmou que o assassinato foi cometido por militantes de esquerda. "Eu tive irmão exilado [Caetano Veloso], amigos meus foram embora, alguns desapareceram. É difícil ouvir isso como uma coisa simples, como se não fosse nada. Muito duro. Fico preocupada. Estou preocupada", afirma.
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Com informações do repórter Luiz Fernando Viana, da Folha de São Paulo