Sérgio Moro pede licença de cinco dias do Ministério da Justiça
A licença foi solicitada para que o ministro pudesse desfrutar de um curto período de férias com a família.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, irá tirar cinco das de licença, entre 15 e 19 de julho, para cuidar de assuntos particulares. O afastamento foi autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial.
Na verdade, a licença foi solicitada para que o ministro pudesse desfrutar de um curto período de férias com a família.
No dia 06 de junho, antes da divulgação das mensagens atribuídas a ele, Sérgio Moro pediu autorização ao Governo para sair do país.
No entanto, como o ministro ainda não completou um ano à frente da pasta, e logo não tem direito a férias, os dias longe do trabalho serão descontados do salário dele.
Durante o afastamento de Moro, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luiz Pontel de Souza, assumirá o cargo.
A repercussão dos vazamentos da Lava Jato
Nesta segunda-feira (08), o procurador Deltan Dallagnol recusou o convite da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para dar esclarecimentos sobre as mensagens atribuídas a ele e a outros procuradores da Lava Jato.
No ofício, o coordenador da Força-Tarefa da operação em Curitiba afirma que seu trabalho é técnico e está "sujeito à apreciação do poder Judiciário".
Ainda no mesmo dia, em Curitiba, sem citar nomes, o ministro Edson Fachin, relator da operação no Supremo Tribunal Federal, defendeu a imparcialidade de juízes e procuradores nos processos.
"Juízes também cometem ilícitos e devem ser punidos, mas as instituições precisam ser preservadas. E assim se aplica a todos os atores dos poderes e das instituições brasileiras, incluindo o Ministério Público e a Administração Pública. Ninguém está acima da lei, nem mesmo o legislador, nem o julgador e muito menos o acusador", argumentou Fachin.
Mais tarde, o Ministério da Economia foi notificado pelo Tribunal de Contas da União a esclarecer se o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, COAF - que apura movimentações financeiras suspeitas -, está investigando o jornalista Glenn Greenwald, que tem divulgado as mensagens no site 'The Intercept Brasil'.
No domingo (07), em mais um gesto de apoio ao ministro da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro assistiu ao jogo do Brasil, pela final da Copa América, ao lado de Sérgio Moro.
SBT