Crítico do IBGE, Bolsonaro diz que fará enquete no Facebook sobre fim de radares nas estradas
A declaração foi feita em sua página no Facebook, onde tem mais de 20 milhões de usuários.
Apesar de críticas suas e de seu governo à metodologia de instituições como IBGE, Ipea e Fiocruz, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) convocou nessa quinta-feira (6) seus seguidores a responderem uma enquete em sua página no Facebook para medir o apoio a uma ação governamental que pretende implementar:
"Se você gosta de pagar multa, né, ainda mais nesse padrão escondido, bota lá que é a favor do radar móvel. Se tu é contrário, vota o contrário. Vai servir inclusive, né, pra decidir se teremos ou não radares móveis no Brasil. No meu voto, eu vou votar para acabar com o radar móvel", disse Jair Bolsonaro, em sua transmissão semanal no Facebook.
A declaração foi feita em sua página no Facebook, onde tem mais de 20 milhões de usuários (entre curtidas e seguidores). A amostra, do ponto de vista estatístico, não é representativa de todo o país - exclui, por exemplo, 35% da população brasileira que não acessa a internet, além daqueles que não usam Facebook, nem seguem a página do presidente.
Ainda assim, Bolsonaro, em Buenos Aires para encontros bilaterais, afirmou que vai promover em sua página na rede uma enquete para decidir se retira radares móveis. Ele deu sua definição para o conceito:
"Você sabe o que é radar móvel? É aquela multa que 'tu' tá em casa e chega. A rodovia era 80, tu passou acima de 96 e chegou a multa em casa. Logo naquele ponto, que não tinha problema nenhum, um retão, não tinha nada demais tu botar 110, 120, nada demais, aí você passou 10, 20%, 96, e créu", disse.
Na verdade, radares móveis são dispositivos instalados para medir a velocidade dos veículos. Diferentemente dos radares fixos, instalados em pontos que se tornam conhecidos por motoristas e aplicativos com o tempo, os móveis criam um efeito surpresa e aumentam a capacidade de flagrar desrespeito a limites de velocidade.
Esta não é a primeira vez que Bolsonaro menciona pesquisas sem rigor científico para embasar tomadas de decisão públicas. Em abril, mencionou pesquisa interna do Ministério de Minas e Energia para afirmar que a maioria dos brasileiros é contra o horário de verão - que não será mais implementado a partir deste ano.
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Com informações de UOL