Comissão da Câmara convoca Guedes a comparecer em debate sobre Previdência
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara decidiu convocar o ministro Paulo Guedes (Economia) para discutir no colegiado a reforma da Previdência. O ministro havia sido convidado para a reunião desta quarta-feira (8) da CFT, mas ficou acordado com líderes da Casa que iria apenas à comissão especial que trata da reforma.
Insatisfeitos, membros do colegiado que trata de tributos convocaram então o ministro para uma audiência no dia 4 de junho. Em caso de convocação, Guedes é obrigado a aparecer.
Membros da comissão reclamam que, desde abril, tentam, de forma não impositiva, realizar uma audiência com Guedes.
Nesta terça (7), o ministro enviou uma carta ao colegiado agradecendo o convite e informando que, na tarde desta quarta, participará de discussão na comissão especial da reforma da Previdência. Ele, então, sugeriu que o encontro na comissão de finanças e tributação fosse no dia 12 de junho.
Guedes enviou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, que é ex-deputado federal e respondeu aos questionamentos dos parlamentares por quase três horas.
O requerimento foi apresentado pelo deputado Fernando Monteiro (PP-PE), que é próximo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia DEM-RJ). "Se a comissão não passar um recado ao ministro é um desrespeito à comissão", completou o deputado do PP. A convocação foi aprovada em votação simbólica, mas com três votos contra.
O ministro chegou à Câmara nesta quarta acompanhado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se sentou à mesa da comissão, como aconteceu na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Naquela reunião, porém, a presença de Maia não foi capaz de impedir que o caos se instalasse na comissão quando o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) chamou Guedes de "tchutchuca". O ministro respondeu "tchutchuca é a vó" e a sessão implodiu.
O petista, que não é membro da comissão especial, está na reunião do colegiado que ouve o ministro -não membros têm direito de participar.
Desta vez, porém, a base governista se mobilizou para tentar blindar o ministro. Na CCJ, o governo recebeu críticas por ter deixado Guedes receber crítica após crítica da oposição, que havia se inscrito primeiro.
Na comissão especial, deputados da base compareceram à sessão com antecedência para colocar seus nomes, e os questionamentos devem ser feitos de maneira alternada.
Folhapress
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