Câmara de Bayeux livra Berg Lima de cassação; veja próximos passos
Ao final, o advogado de Berg, Raoni Vita, deu um parecer
Em meio a uma sessão conturbada, com várias interrupções e solicitações do apoio da polícia e guarda municipal, o prefeito afastado da cidade de Bayeux, Berg Lima, se livrou da ação de cassação por 10 votos a 7. Para que o mandato de Berg Lima fosse cassado, seriam necessários votos de 12 parlamentares do município.
Durante a manhã desta sexta-feira (29) houve confusão entre defensores e oposicionistas. A Polícia Militar (PM) foi acionada para conter os ânimos de manifestantes que se aglomeravam em torno da Câmara de Vereadores, em Bayeux. A presença da irmã do Governador do Estado, Ricardo Coutinho, também fez com que os ânimos se alterassem na sessão.
Ao final, o advogado de Berg, Raoni Vita, deu um parecer, agradecendo o presidente, a relatora, e aproveitou para rebater alguns argumentos que foram apresentados por oposicionistas.
"A acusação não falou sobre uma prova do processo. Por que? Por que não há ação! Há simplesmente a fala do empresário Paulino. Não há uma única prova nesse processo contra Berg Lima, o próprio empresário confirmou, aqui em depoimento, que não tem nenhuma prova de qualquer transação tenha feito com Berg Lima", exclamou.
Como fica a situação de Berg?
De acordo com informações do Blog do Anderson Soares, Berg Lima se livrou do julgamento político da Câmara, mas não do processo jurídico. Ele é acusado de cobrar propina a um empresário local em troca da liberação de pagamentos atrasados na gestão anterior. Dias após ser preso, o Tribunal de Justiça determinou o afastamento de Berg.
A decisão foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça. A defesa de Berg deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal para tentar reverter a decisão. O judiciário está em recesso e só deve retornar em fevereiro. Com isso, Luiz Antônio permanece na prefeitura, no mínimo, por mais dois meses.