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Justiça vai decidir se filho de mulher assassinada no Paraná volta à Paraíba

O pai do adolecente de 14 anos mora na Paraíba e uma tia em São Paulo

Por Carlos Rocha Publicado em
Vídeo: paraibano é morto pela polícia após matar esposa no Paraná
Vídeo: paraibano é morto pela polícia após matar esposa no Paraná (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Após a ocorrência que acabou na morte de um casal de paraibanos na última quinta-feira (25) em Londrina, no Paraná, um adolescente de 14 anos, que é filho e enteado das vítimas, ficou sem amparo. Sua mãe foi brutalmente assassinada a tiros e golpes de faca pelo próprio companheiro na residência em que viviam, localizada na zona sul da cidade. Após o crime, o autor fugiu para a Penitenciária Estadual de Londrina, onde acabou sendo morto ao tentar atacar os agentes.

Após a ocorrência, o menor foi acolhido pelo Conselho Tutelar. Uma tia, residente no estado de São Paulo, viajou até Londrina para buscar o menino de 14 anos. Agora, aguarda-se a determinação da justiça para saber se ele será enviado ou não para a Paraíba, onde seu pai reside.

Segundo Patrícia Oliveira, conselheira tutelar de Londrina, o caso foi encaminhado ao Ministério Público e à Vara da Infância, onde está sendo discutido como, com quem e para onde o adolescente será encaminhado. De acordo com a conselheira, o rapaz ficou abalado com tudo o que aconteceu, embora não tenha testemunhado o crime, pois estava na escola no momento. A tia relatou que ele estava bastante triste e relutante em entender a situação, mas quando o Conselho Tutelar chegou, ele já estava mais calmo e talvez não tivesse assimilado completamente a gravidade da situação envolvendo sua mãe.

O adolescente não mencionou se já havia presenciado alguma discussão entre o casal. O Conselho Tutelar continua acompanhando de perto o caso, oferecendo suporte e assistência ao jovem nesse momento tão difícil.

Relembre o caso

Um paraibano natural da cidade de Sousa, no Sertão do Estado, foi morto por policiais penais do Paraná, nesta quinta-feira (25), logo após matar a própria esposa. Maria de Fátima da Silva, de 37 anos, também paraibana, estava morando juntamente com o companheiro, o vigilante José Honório da Silva, de 39 anos, há cerca de dois meses em Londrina, no Norte do Paraná. Antes de se mudarem para o Sul do país, eles eram moradores do Sítio São Paulo, em Sousa.

Segundo a polícia, Após cometer o crime, o suspeito empreendeu fuga em direção à Penitenciária Estadual de Londrina (PEL). Imagens divulgadas pelas autoridades policiais mostram o momento em que o homem chega em frente à penitenciária e ameaça os agentes. Poucos instantes depois, o suspeito é alvejado por disparos e cai ao chão próximo ao portão da unidade 1.

Segundo o tenente Bernardi, após assassinar sua esposa, o homem avançou em direção aos agentes penitenciários, que estavam realizando um evento, ferindo-se com a faca. Os policiais reagiram e dispararam tiros nas pernas do suspeito.

"Ele estava se ferindo, com a faca no próprio pescoço, se machucando e avançando em direção aos policiais. Ele [suspeito] caiu no chão, não resistiu e faleceu", afirmou o tenente.

De acordo com o relato do tenente, vizinhos ouviram o casal discutindo momentos antes do ocorrido. A polícia foi acionada.

Ao chegarem no local, os agentes encontraram a mulher caída no chão, com graves ferimentos. Os serviços de emergência foram acionados, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. Os agentes foram informados de que o suspeito havia fugido em direção à penitenciária logo após o crime.

De acordo com a delegada Livia Pini, José Honório tinha passagem por embriaguez ao volante. No imóvel onde o casal morava foram encontrado documentos que sinalizam um pedido de divórcio. A delegada não descarta que a não aceitação da separação tenha motivado o crime.

Dois inquéritos devem ser abertos, um na delegacia da mulher, para apurar o crime de feminicídio, outro para investigar as circunstâncias da morte do homem em frente à penitenciária.

O casal tinha um filho de 14 anos que não estava em casa no momento do crime.



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